Nesta sexta-feira (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a publicação da Portaria MAPA Nº 702 que declara estado de emergência zoossanitária no Estado do Rio Grande do Sul. A medida, com validade de 90 dias, foi tomada em resposta à detecção do vírus patogênico da doença de Newcastle em aves comerciais na região.
A declaração de emergência busca uma resposta epidemiológica ágil, seguindo os protocolos estabelecidos pelo Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle. Entre as ações planejadas estão o sacrifício ou abate de todas aves onde houve confirmação do foco afetadas, a desinfecção rigorosa dos locais afetados, a implementação de medidas de biosseguridade, e a vigilância em propriedades num raio de 10km, além da criação de barreiras sanitárias.
É importante ressaltar que não há contraindicação ao consumo de carne de frango e ovos inclusive na região afetada. O MAPA reforça que os produtos inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) continuam seguros e próprios para consumo.
Além disso, o Mapa elaborou um Projeto de Lei para fortalecer ações emergenciais fitossanitárias e zoossanitárias, atualmente em análise no Congresso Nacional. Se aprovado, o projeto permitirá uma mobilização mais rápida e eficaz de recursos governamentais para situações similares.
O foco da doença foi confirmado no município de Anta Gorda (RS) em 17 de julho, após diagnóstico positivo realizado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional para o diagnóstico da doença.
A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, caracterizada por sintomas respiratórios seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça. Ela é causada pelo vírus paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1) e é de notificação obrigatória para a OMSA.
Os últimos casos registrados no Brasil datam de 2006, em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Para mais informações, o público pode acessar o site do Ministério da Agricultura e Pecuária ou entrar em contato com as autoridades sanitárias locais.