A Valley levou à Agrishow 2025 suas principais tecnologias de irrigação com uma proposta clara: mostrar que o futuro da agricultura passa pela gestão eficiente da água, aumento de produtividade e sustentabilidade. Em um cenário global de crescimento populacional e pressão sobre os recursos naturais, a empresa reforçou que irrigação é muito mais do que molhar a planta — é segurança, estratégia e tecnologia aplicada ao solo.
Cristiano Del Nero, vice-presidente de Agricultura no Brasil da Valmont Industries, lembrou que a população mundial deve atingir 10,4 bilhões de pessoas até 2100, segundo a ONU, o que exigirá aumento expressivo na produção de alimentos e energia.

Foto: Pedro H. Lopes/ Agro em Campo
“Mesmo com baixo crescimento da área plantada, o Brasil tem aumentado a produtividade. Isso se deve a fatores como o melhoramento de sementes, a tecnologia da Embrapa e, principalmente, à irrigação, que representa a quarta revolução agrícola”, destacou.
Irrigação como motor da produtividade
Para Matheus Kleber, gerente de Engenharia e Serviços da Valmont Brasil, a irrigação é um dos pilares para a segurança alimentar e para a estabilidade diante da imprevisibilidade climática. “É possível produzir mais de uma safra na mesma área quando se tem irrigação bem manejada. Essa prática é decisiva para o aumento da produtividade”, afirmou.
Hoje, 20% das áreas agricultáveis do mundo são irrigadas. No Brasil, esse número é de 10%. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos são 17%, na Índia 34% e na China 51%. A Valley vê nesse cenário uma oportunidade estratégica para o país ampliar sua liderança global na produção de commodities agrícolas.
Brasil na liderança das commodities globais
Segundo dados apresentados pela Valmont Industries na feira, o Brasil ocupa posições de destaque na produção e exportação das principais commodities agrícolas do mundo:
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Soja: 1º lugar em produção (38%) e exportação (55%) global
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Milho: 3º lugar em produção (10%) e exportação (19%)
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Açúcar: 1º lugar em produção (22%) e exportação (48%)
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Etanol: 2º lugar em produção (30%) e exportação (8%)
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Algodão: 3º lugar em produção (16%) e exportação (31%)
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Carne: 2º lugar em produção (19%) e exportação (28%)
Esses dados reforçam o papel estratégico do país no abastecimento alimentar e energético global e justificam o investimento contínuo em tecnologias agrícolas — com a irrigação no centro desse avanço.
A força da Valley no mundo
Durante a coletiva, Emiliano Barreto, diretor regional de Marketing e Gestão de Produtos da Valmont Industries para a América Latina e Caribe, destacou a liderança da Valley no setor. Fundada no estado do Nebraska, nos Estados Unidos, a empresa é considerada o berço da irrigação por pivô central. Dos 548 mil pivôs em operação no mundo, 259 mil são da Valley, que atua com 375 distribuidores em diversos países.
A marca também aposta em soluções integradas de tecnologia, com telemetria, gestão de dados e suporte técnico especializado por meio de um ecossistema digital voltado ao produtor. “Nosso compromisso é entregar não só produtos, mas um atendimento completo e de alta performance”, afirmou Barreto.
Um estande que conecta tecnologia e emoção
Na Agrishow 2025, o estande da Valley chamou atenção ao transformar o pivô central em símbolo e estrutura do espaço. A cenografia colocou o equipamento no centro do projeto, representando o campo irrigado em 360 graus. O objetivo foi ir além da exposição de máquinas: criar conexões sensoriais e comerciais com o público.
Com a campanha “Vai irrigar? Melhor se Valley”, a empresa reforça sua vocação para transformar desafios em produtividade sustentável — mostrando que irrigar com inteligência é investir no futuro do agro brasileiro.
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