Governo Federal desmascara fake news sobre proibição do cultivo de tilápia
Foto: Wenderson Araujo/Sistema CNA/Senar

Uma notícia falsa circulou recentemente nas redes sociais. E conseguiu assustar produtores de norte a sul do país.

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O alerta era grave: o Brasil iria proibir o cultivo de tilápias. Mas não. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) veio a público para esclarecer tudo. Não existe nenhuma proposta de proibição.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) continua autorizando o cultivo da tilápia normalmente. A espécie exótica tem relevância econômica gigantesca no Brasil, movimenta bilhões e gera milhares de empregos.

A tilápia já está consolidada na aquicultura brasileira há décadas. E vai continuar assim.

O Que a Conabio está analisando de verdade

Existe sim uma análise em andamento. A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) está atualizando a Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, mas calma — isso não significa proibição automática.

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A inclusão de uma espécie nessa lista tem caráter técnico. É preventivo. Serve como referência pra políticas públicas, ações de controle e prevenção de impactos ambientais. Nada de banimento ou restrição de uso imediato.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O processo é participativo e envolve representantes de vários setores: ministérios, autarquias, produtores, universidades, comunidades tradicionais e organizações civis. Todo mundo tem voz.

MPA pede mais tempo para análise técnica detalhada

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) solicitou um prazo adicional pra fazer uma análise técnica mais aprofundada. Eles querem garantir que qualquer decisão seja baseada em evidências científicas sólidas, não em achismos.

Em parceria com universidades e institutos de pesquisa, o MPA coordena agora uma revisão criteriosa das fichas de avaliação das espécies. Os resultados vão ser encaminhados à Conabio quando ficarem prontos.

A iniciativa mostra o compromisso do governo federal com três pilares: ciência, diálogo entre instituições e desenvolvimento sustentável da aquicultura brasileira.

O setor produtivo pode ficar tranquilo. A tilápia continua permitida, a economia da pesca segue forte, e qualquer mudança futura virá acompanhada de muito debate e embasamento técnico.