Após alta histórica e oferta reduzida, colheita positiva na Espanha e outros países controla valores e renova otimismo para consumidores e varejo global

Segundo dados oficiais do Conselho Oleícola Internacional (COI) e da Comissão Europeia, a produção mundial de azeite deve alcançar 3,1 milhões de toneladas na safra atual, aumento de aproximadamente 23% em relação à safra anterior. O desempenho é impulsionado principalmente pela recuperação das lavouras na Espanha, maior produtora global. A produção deve atingir cerca de 1,35 milhão de toneladas este ano, além de crescimento na Turquia e Tunísia.​

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O aumento de oferta já reflete no mercado internacional. Os produtores europeus reportam queda de até 50% nos preços da matéria-prima na origem em relação a 2024, como resultado direto da colheita mais estável e volumosa. Na Espanha, o azeite extra virgem foi cotado a cerca de 440 euros por quintal em janeiro. Uma redução de 10% em relação ao mês anterior e mais de 50% abaixo do valor registrado em 2024.​

Alta de preços e fatores climáticos recentes

Nos últimos dois anos, o azeite registrou valorização superior a 30% globalmente, com picos históricos em regiões tradicionais como Andaluzia (ES), onde o quilo chegou a 8,2 euros em agosto de 2023, mais do que o dobro do valor de 2021. O fenômeno foi provocado principalmente por secas severas e altas temperaturas que prejudicaram o cultivo de oliveiras em partes da Espanha, Itália, Grécia e Portugal. O Brasil acompanhou essa tendência, com preços chegando a R$ 80 por litro em alguns mercados.​

Com a retomada dos volumes internacionais, entidades oficiais projetam queda de preços de até 20% no varejo, beneficiando consumidores em todas as regiões. Este cenário representa uma oportunidade para ampliar o consumo do azeite de oliva, especialmente nos países com importação significativa como o Brasil. O país segue na posição de quarto maior mercado mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, UE e China.​

Com oferta renovada, recuperação da safra europeia e avanço da produção em mercados emergentes, 2025 se configura como um ano de estabilização para o azeite mundial. O cenário favorece consumo consciente e amplia o foco em qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade nos pontos detos de venda.

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