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Pesquisadores resolvem mistério dos Campos Rupestres

Henrique RodartePor Henrique Rodarte04/04/2025
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Foto: Isabel Gerhardt/Embrapa
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Um estudo realizado pelo Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), em parceria com a Embrapa, a Unicamp e a Fapesp, solucionou um  mistério genético que persistia há décadas sobre o número cromossômico das espécies do gênero Vellozia, vegetações icônicas dos Campos Rupestres. Publicado na revista Brazilian Journal of Botany, o trabalho determinou, com precisão inédita, que essas plantas possuem nove pares de cromossomos, encerrando um debate científico que se arrastava desde os anos 1980.

Campos Rupestres: biodiversidade e desafios

Os Campos Rupestres, localizados em afloramentos rochosos do Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga, são considerados um dos ecossistemas mais biodiversos e ameaçados do Brasil. As espécies de Vellozia se destacam pela resistência à seca e solos pobres, características que têm atraído estudos moleculares voltados para possíveis aplicações biotecnológicas em culturas agrícolas diante das mudanças climáticas.

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Controvérsia cromossômica resolvida

Desde os anos 1980, o número básico de cromossomos das Vellozias era motivo de divergências científicas, com estudos apontando números variados, como sete, oito ou nove pares. A confusão era causada pela interpretação de estruturas satélites como partes acessórias dos cromossomos principais. Utilizando uma abordagem inovadora com anticorpos contra proteínas do centrômero – região essencial para a divisão celular –, os pesquisadores demonstraram que essas estruturas satélites são, na verdade, cromossomos reais.

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“Se há centrômero, há um cromossomo. Com essa abordagem, confirmamos que as espécies analisadas possuem nove pares cromossômicos”, explicou Guilherme Braz, especialista em citogenética e autor principal do estudo. A pesquisa determinou o número de cromossomos em seis espécies de Vellozia, sendo que quatro delas tiveram essa informação revelada pela primeira vez.

Estratégia inovadora para contagem cromossômica

A contagem precisa de cromossomos nas Vellozias enfrentava desafios técnicos devido ao crescimento lento das plantas e à dificuldade em obter células na fase de metáfase – momento ideal para análise microscópica. Para superar esse obstáculo, os pesquisadores aplicaram hormônios em sementes para gerar calos vegetais, estruturas com alta taxa de divisão celular. Isso permitiu a obtenção de mais células em metáfase e facilitou a contagem cromossômica.

 

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Cromossomos de Vellozia desvenda mistério – Foto: Guilherme Braz

“Combinamos a indução de divisão celular e a identificação de proteínas do centrômero para alcançar uma contagem precisa. Esse método pode ser aplicado futuramente a outras espécies com características similares”, afirmou Ricardo Dante, pesquisador da Embrapa Agricultura Digital e coautor do estudo.

Impactos científicos e biotecnológicos

A descoberta tem implicações importantes para a evolução e conservação das Vellozias. Segundo Isabel Gerhardt, pesquisadora do GCCRC e da Embrapa Agricultura Digital, o número cromossômico pode revelar eventos como poliploidia (duplicação do genoma) ou fusões cromossômicas que influenciaram a adaptação dessas plantas ao ambiente extremo dos Campos Rupestres.

Além disso, o estudo contribui para a definição de espécies e linhagens evolutivas únicas, auxiliando na preservação de populações ameaçadas. Em termos biotecnológicos, compreender os genes responsáveis pela resistência à seca nas Vellozias pode inspirar estratégias agrícolas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Valorização da biodiversidade brasileira

Os Campos Rupestres abrigam cerca de 15% da diversidade vegetal brasileira e concentram muitas espécies exclusivas dessa região. Apesar dos desafios ambientais e da necessidade urgente de conservação, o ecossistema apresenta um potencial científico ainda pouco explorado. A resolução desse mistério genético reforça a importância da pesquisa voltada para valorização da biodiversidade brasileira e suas aplicações práticas no enfrentamento das mudanças climáticas.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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