O agricultor Hélio Ocanho, de Piratini, na região da Campanha, colheu duas batatas-doces gigantes em sua horta caseira no final de abril. Uma das raízes tuberosas pesou 20kg e a outra 7kg, surpreendendo a comunidade local. Hélio conta que apenas regou e cuidou da plantação, sem esperar resultados tão expressivos. A surpresa veio quando, após colher as batatas menores, encontrou as duas gigantes lado a lado.

Segundo Fernanda Silva Corrêa, extensionista da Emater/RS-Ascar, o peso padrão das batatas-doces comercializadas varia entre 250g e 350g, com ciclo de produção entre quatro e seis meses, dependendo da variedade. “As batatas colhidas em Piratini são muito grandes, mas isso pode acontecer. Quem produz para o comércio raramente vê batatas desse tamanho porque a colheita é rápida e não permite que o tubérculo cresça tanto”, explica Fernanda.
Explicação
Ela destaca que batatas-doces gigantes costumam se desenvolver quando permanecem mais tempo no solo, especialmente se a variedade suporta o inverno sem apodrecer. Algumas variedades não resistem ao frio e apodrecem se não forem colhidas a tempo.
Quando a batata-doce fica no solo durante o inverno, a parte vegetativa (folhas e caule) morre devido ao frio, mas o tubérculo permanece. Com a chegada do calor, o tubérculo brota novamente, reiniciando o crescimento e permitindo que a batata continue se desenvolvendo.
Fernanda reforça que, se o tubérculo não brotar durante os meses quentes, pode acabar apodrecendo. O crescimento contínuo só acontece se houver novas brotações nas estações mais quentes.
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