A Região Vulcânica, formada por uma caldeira extinta há cerca de 80 milhões de anos, continua surpreendendo o mercado de cafés especiais. Durante o São Paulo Coffee Festival 2025, um dos destaques foi a Loja Vulcânica, empório digital que atua como ponte entre o consumidor e os pequenos produtores da região. Fundada em 2022, a marca aposta na curadoria de cafés arábica produzidos exclusivamente em altitude, com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento territorial.
A seguir, Filipe Ferreira Figueiredo, proprietário da Loja Vulcânica, da cidade de Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais, fala sobre a importância da feira, os diferenciais do terroir e os princípios que norteiam o trabalho da marca.
Como a Região Vulcânica influencia na qualidade do café?
É uma região com solo diferenciado por causa da atividade vulcânica de milhões de anos atrás. Esses minerais no solo e a altitude criaram um microclima muito especial, ideal para o cultivo do café arábica. Esse terroir é o que dá identidade única aos cafés da região.
Quantos municípios fazem parte dessa indicação geográfica?
São 12 municípios no total, divididos entre o sul de Minas Gerais e o nordeste paulista. É uma área que vem sendo estruturada como uma indicação geográfica, com uma identidade própria e protegida.
O que a Loja Vulcânica trouxe para o festival este ano?
Trouxemos duas linhas principais: cafés prontos, direto dos produtores, já embalados, e também a nossa linha própria, feita com curadoria de grãos crus. Nesse caso, nós mesmos fazemos a torra e garantimos a qualidade final.
Qual o papel da loja nesse ecossistema?
A Loja Vulcânica é um empório online que nasceu da paixão pelos produtos regionais. Atuamos conectando consumidores a pequenos produtores com responsabilidade, inclusão social e sustentabilidade.
Há foco em algum tipo específico de café?
Sim. Por conta da altitude da região, lá só se produz café arábica. É uma produção exclusiva, que garante sabores mais refinados e complexos.

Quais os valores que a marca defende?
Sustentabilidade, transparência, inovação, inclusão e cooperativismo. A gente quer ir além da venda de café – buscamos valorizar o trabalho artesanal e a tradição da cafeicultura passada de geração em geração.
A feira tem sido importante para a marca?
Sem dúvida. A gente participa ano após ano e tem conquistado espaço. É uma grande oportunidade para mostrar o valor da Região Vulcânica e fortalecer a identidade dessa origem.
Como vocês veem o futuro da Região Vulcânica?
Estamos construindo um futuro sustentável para a cafeicultura local. Queremos criar novas oportunidades com ética, inovação e respeito ao meio ambiente. O objetivo é tornar a região cada vez mais reconhecida pela excelência dos seus cafés.
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