Na 30ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, o Sicredi marcou presença com uma coletiva de imprensa realizada em 30 de abril. Participaram do encontro Gilson Farias (gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ), Manfred Dasenbrock (presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ), Clemente Renosto (presidente do Sicredi Soma) e Silas Fabiano Nunes de Souza (gerente de Regulações Agro).
“Em nossa 8ª participação na Agrishow, também comemoramos 8 anos de Sicredi em Ribeirão Preto. Nosso objetivo, ao estarmos na maior feira de tecnologia agropecuária da América Latina, é difundir o sistema Sicredi, acolher os associados, viabilizar crédito, promover e incentivar a economia, fortalecer as classes menos favorecidas, melhorar a qualidade de vida, sem esquecer da responsabilidade social e ambiental”, declarou Dasenbrock.
O executivo também destacou que 2025 será o Ano Internacional das Cooperativas, conforme a ONU. “Queremos construir um mundo melhor e com mais transparência. O Sicredi é número um em termos de crédito rural, são mais de 9 milhões de associados. Estar na Agrishow é um momento de celebração”, afirmou.

Foto: Pedro H. Lopes
Gilson Farias complementou: “O produtor procura pela tecnologia que existe à sua disposição, mas também busca por crédito. Para atender essa necessidade, temos o consórcio e o seguro. São mais de R$ 50 bilhões, nível Brasil, quando falamos em consórcio.”
Presença nacional e foco no pequeno produtor
Silas Fabiano apresentou dados que reforçam o papel do Sicredi no agronegócio: “Estamos presentes em mais de 200 cidades, com mais de 300 soluções disponíveis para os associados. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento econômico e social.” Segundo ele, o Sicredi é a maior instituição financeira privada em carteira do agro, com mais de R$ 103 bilhões distribuídos em mais de 3 mil municípios.
Do total de 787 mil associados do agro, 87% são pequenos produtores, 12% médios e apenas 5% grandes produtores. “95%, esse é o percentual referente aos responsáveis por produzir os alimentos”, enfatizou.
Também foram divulgados os números do Plano Safra. “De julho a março, foram mais de R$ 43 bilhões liberados. O agro representa 11% de todo financiamento no Brasil, com crescimento de 2,5% em relação ao ano passado”, pontuou Silas.
Plataformas digitais aceleram acesso ao crédito
Entre as soluções financeiras destacadas, está a CPR (Cédula de Produto Rural), disponível nas versões Tradicional, PJ e Fácil – esta última permite contratação digital, com liberação no mesmo dia e sem exigência dos critérios do crédito rural.
Para produtores com receita vinculada ao dólar, o Sicredi oferece crédito em moeda estrangeira, de fácil contratação e voltado ao médio e longo prazo, tanto para PJ quanto para Agro.

Foto: Pedro H. Lopes/ Agro em Campo
A plataforma Digi Agro foi apontada como uma ferramenta estratégica. “O revendedor envia o pedido diretamente para a agência. Isso gera mais agilidade, reduz o uso de papel e permite acompanhar o processo. Já são mais de 2.500 propostas registradas, tanto de associados como de não associados”, explicou Silas.
No crédito BNDES Digital, o Sicredi se mantém como maior repassador de recursos, com liberação direta na conta do associado, limite rotativo e prazo de até 24 meses.
Atendimento às micro e pequenas empresas
Para MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte, a meta é oferecer uma experiência cada vez mais digital. “Já foram mais de R$ 128 milhões em recursos liberados”, informou o gerente.
A sustentabilidade também tem lugar de destaque. O financiamento de energia solar já soma R$ 5 bilhões em todos os segmentos. O seguro rural cobre lavoura, área plantada e até placas fotovoltaicas. “Quanto mais protegido o produtor estiver, menos dificuldades ele vai sentir em momentos de adversidade”, alertou Silas.
Investimentos e consórcios ganham espaço no agro
No campo dos investimentos, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) alcançou R$ 47 bilhões em março de 2025, um crescimento de 30% em 12 meses – o dobro da média de mercado, que foi de 15%.
Já os consórcios cresceram 27% e têm se consolidado como alternativa ao financiamento tradicional. “Permite planejamento, tem custo reduzido e menor impacto na margem de lucro do produtor”, concluiu o gerente.
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