O agronegócio paulista alcançou um superávit de US$ 14,76 bilhões nos oito primeiros meses de 2025. O resultado devido às exportações de US$ 18,62 bilhões e das importações de US$ 3,86 bilhões. O desempenho se destaca como o primeiro levantamento após a imposição de tarifas pelos Estados Unidos às importações brasileiras, em agosto. Isso demonstra resiliência do setor, responsável por 40,4% das exportações e 6,7% das importações do estado, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta).
Crescimento impulsionado por café, carne e suco
“O crescimento foi alavancado pelo café e a carne, demonstrando que a produção de São Paulo é diversificada e está preparada para possíveis períodos de instabilidade. O resultado do superávit comprova a seriedade da gestão do estado”, afirma Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Entre janeiro e agosto de 2025, o complexo sucroalcooleiro liderou as exportações com US$ 5,45 bilhões (29,3%), seguido por carnes com US$ 2,69 bilhões (14,5%), produtos florestais com US$ 1,98 bilhão (10,7%), soja com US$ 1,95 bilhão (10,5%) e sucos com US$ 1,91 bilhão (10,3%). Houve aumento nas vendas de café (+44,5%), carnes (+27,8%) e sucos (+7,8%), enquanto complexo sucroalcooleiro (-34,6%), produtos florestais (-3,2%) e soja (-2,1%) registraram queda.
Principais destinos e relevância nacional
A China segue como maior importadora, com 24,3% das compras, seguida pela União Europeia (14,3%) e Estados Unidos (13,4%). O agronegócio paulista responde por 16,7% das exportações do setor no Brasil, ficando atrás apenas de Mato Grosso (17,7%) e à frente de Minas Gerais (11,5%).
Medidas de suporte às cadeias produtivas
Para fortalecer o setor, o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) intensificou a compra pública de café, com 8 toneladas adquiridas em 2025, abastecendo escolas, hospitais e outros prédios públicos. Além disso, o governo oferece crédito especial via Desenvolve SP, liberação de ICMS e busca abrir novos mercados para os produtos paulistas.
Segundo Piai, a diversificação da produção e a busca por novos mercados tornam o estado mais preparado para enfrentar instabilidades internacionais e fortalecer o agronegócio como pilar da economia paulista.