Pesquisa da Quiddity e Bayer mostra que 93% das produtoras têm influência crescente e lideram práticas sustentáveis no agro
Da esquerda para a direitar: Rebeca Gharibian, Daniela Barros e Marina Menin. Foto: Pedro H. Lopes/ Agro em Campo

A presença feminina no agronegócio cresce com ritmo acelerado. Uma pesquisa conduzida pela Quiddity, em parceria com a Bayer, revelou que 93% dos entrevistados reconhecem o aumento da influência das mulheres no setor rural. O levantamento foi apresentado em São Paulo por Rebeca Gharibian, Managing Director Quiddity, Daniela Barros, Diretora de Comunicação da divisão agrícola da Bayer e Marina Menin, Diretora do Negócio de
Carbono da Bayer para América Latina que destacaram o avanço em liderança, inovação e sustentabilidade.

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O estudo ouviu 90 produtores rurais, metade deles mulheres, de várias regiões do país. Apesar do progresso, 39% ainda percebem resistência à liderança feminina no agro. As produtoras se destacam em marketing (70%), gestão administrativa (74%) e liderança (68%). No entanto, a presença masculina continua maior na atuação direta no campo.

Além disso, 82% dos participantes acreditam que homens e mulheres têm olhares complementares, o que reforça a importância da diversidade na gestão das propriedades.

Sustentabilidade e inovação fortalecem o agro

As mulheres no agronegócio impulsionam a sustentabilidade com ações práticas. Quase 9 em cada 10 produtoras fazem rotação de culturas (89%), e 87% preservam áreas nativas e mananciais. Outras práticas incluem plantio direto (82%), uso de bioinsumos (80%) e agricultura regenerativa (80%).

Entre as inovações desejadas estão softwares de gestão (33%), energia renovável (27%), drones de precisão (22%) e ações para compensar emissões de carbono (24%). Além disso, 93% afirmam que sustentabilidade e rentabilidade caminham juntas, mostrando a maturidade da gestão feminina.

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As principais motivações incluem preservar o meio ambiente (82%), melhorar a produtividade (76%) e garantir um futuro melhor (76%). Por outro lado, 64% percebem redução de custos e 33% apontam facilidade no acesso a crédito e certificações.

Em resumo, as mulheres estão conectando eficiência produtiva e responsabilidade ambiental, transformando o campo em um espaço mais equilibrado.

Pesquisa foi apresentada durante coletiva de imprensa em São Paulo. Foto: Pedro H. Lopes/ Agro em Campo

Capacitação constante e redes de apoio fortalecem produtoras

O estudo também destacou o perfil de aprendizado contínuo entre as mulheres do agronegócio. Mais de 96% afirmam buscar capacitação regularmente, e 51% realizam cursos sempre que possível.

Os temas mais procurados envolvem sustentabilidade (76%), inovação e novas tecnologias (64%), melhoria da produção (56%), liderança e gestão de pessoas (53%) e finanças rurais (51%). Além disso, elas participam de forma ativa em eventos, palestras e grupos técnicos.

Entre os principais motivos para investir em capacitação estão melhorar o dia a dia na propriedade (78%), trazer novas ideias (73%) e argumentar com mais segurança nas decisões (62%). Por isso, o estudo confirma que o conhecimento é ferramenta de empoderamento e competitividade.

A troca entre mulheres também é fundamental. Cerca de 89% valorizam as redes femininas como espaços de inspiração e crescimento. Para ampliar a presença no setor, 78% pedem mais visibilidade ao trabalho feminino, 69% querem mais mulheres em associações e 60% defendem mais voz nas decisões.

A Bayer foi apontada por 76% das entrevistadas como a principal apoiadora das mulheres do agro, com programas de formação e sustentabilidade.

Um novo olhar sobre o campo brasileiro

O levantamento mostra que as mulheres no agronegócio estão mudando a forma de produzir, gerir e inovar. Elas unem sustentabilidade, tecnologia e colaboração, gerando impacto real na economia rural.

Por isso, o agro brasileiro se transforma em um ambiente mais diverso, produtivo e humano. A presença feminina, antes secundária, agora é força de liderança e símbolo de renovação no campo.