A acerola é uma fruta famosa por ser excepcionalmente rica em vitaminas C. Apesar de seu pequeno tamanho possui um índice dessa vitamina 100 vezes maior do que, por exemplo, a laranja. Ainda pouco cultivada comercialmente no mundo, o Brasil vem se destacando como maior produtor, exportador e consumidor global.
Adaptada a diferentes condições climáticas, a acerola é cultivada em quase todas as regiões do Brasil, com o Nordeste respondendo por 64% da produção nacional. Segundo dados do IBGE de 2017, a área colhida de acerola foi de 5.753 hectares com a produção de 61 mil toneladas. Pernambuco lidera a produção nacional com 19.246 toneladas, seguido pelo Piauí com 8.685 ; Ceará com 8.316 toneladas e Sergipe com 4.188 (IBGE, 2017).
Variedades e produtividade
A produtividade da aceroleira por hectare aumenta com o tempo, podendo alcançar 40 toneladas ou mais do quinto ao décimo ano de cultivo. Classificam-se as variedades de acerola em doces e ácidas. As ácidas, ricas em vitamina C, são indicadas para a industrialização, enquanto as doces são mais adequadas para consumo in natura.
Entre as variedades doces temos:
- Manoa Sweet: Recomenda-se esta variedade para plantios caseiros.
- Hawaiian Queen: É uma das seleções recomendadas para a produção de frutas frescas.
Entre as variedades do grupo acido temos:
- Red Jumbo : sua frutificação é alta e os frutos são grandes e vistosos.
- Maunawili : Crescimento rápido e fácil manejo.
Colheita e comercialização
Durante a colheita, é importante evitar danos aos frutos, que devem ser colhidos a cada dois ou três dias. Mantenha os frutos em ambiente refrigerado para comercialização rápida. As acerolas começam a frutificar a partir de oito meses, com três ou mais safras anuais concentradas na primavera e verão. Plantas adultas podem produzir de 40 a 50 quilos de acerolas por ano, resultando em produtividade média de 20 a 25 toneladas por hectare.
O preço de atacado da acerola fresca é de aproximadamente R$ 20,00/kg (CEAGESP, Julho 2024), garantindo um faturamento anual de R$ 500mil/hectare para produtores com produtividade média. No entanto, para vendas à indústria, o preço é menor, exigindo maior volume de produção.
Expansão do Mercado Internacional
A demanda global por alimentos saudáveis e funcionais tem impulsionado o interesse pela acerola. Países da Europa, América do Norte e Ásia têm se tornado grandes consumidores dessa fruta, reconhecendo seus benefícios para a saúde. A indústria de alimentos e suplementos valoriza especialmente a vitamina C natural da acerola, procurando alternativas naturais aos aditivos sintéticos.
Além da fruta in natura, a exportação de acerola inclui produtos derivados, como polpas, sucos concentrados e pós. O processamento industrial da acerola permite a conservação de suas propriedades nutricionais, facilitando o transporte e aumentando a vida útil do produto.
Benefícios para saúde
Fortalece o sistema imunológico: A vitamina C, presente em grandes quantidades na acerola, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que fortalecem o sistema imunológico.
Previne o envelhecimento precoce: A vitamina C aumenta a produção de colágeno, uma proteína que promove a maciez e sustentação da pele, evitando a flacidez e a aparência das rugas e linhas de expressão.
Auxilia no emagrecimento: Por conter fibras, a acerola ajuda a prolongar o tempo de digestão diminuindo a fome. Além disso, a acerola tem baixo teor de carboidratos e calorias, sendo uma ótima opção de fruta para incluir em dietas de emagrecimento.
Melhora o humor: A vitamina C participa da produção de dopamina, um neurotransmissor que promove a sensação de prazer e bem estar.
Melhora a função cerebral: A vitamina C auxilia nas sinapses cerebrais – transmissão de impulsos nervosos de um neurônio a outro ou de um neurônio para uma célula muscular.
Contribui para a absorção do ferro: A vitamina C aumenta a absorção do ferro, favorecendo a formação da hemoglobina, que é o componente das hemácias responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.