O dólar norte-americano registrou uma nova alta, que impacta o agronegócio. Nesta sexta-feira (7), fechou em um patamar de R$ 5,3242, um aumento de 1,42%. É o maior valor desde janeiro de 2023. O ganho é de 9,72% no ano.
Investidores permaneceram atentos aos sinais relacionados às futuras decisões sobre taxas de juros nos Estados Unidos. De acordo com dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, a criação de empregos na maior economia do mundo superou as expectativas em maio. Como resultado, vieram preocupações de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, possa adiar novamente o início do ciclo de redução das taxas de juros. Além disso, a política monetária em outros países desenvolvidos também foi observada de perto.
Reflexos para o agronegócio:
Sem dúvida, a alta dólar impacta o agronegócio brasileiro, que tem apresentado nas exportações um desempenho positivo este ano.
De janeiro a março de 2024, as exportações do setor totalizaram US$ 37,44 bilhões. Ou seja, um recorde para o período e um aumento de 4,4% em comparação com o mesmo período de 2023.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), esse crescimento em valor reflete um aumento na quantidade de produtos exportados, compensando a queda nos preços.
O agronegócio respondeu por 47,8% das exportações totais do Brasil no primeiro trimestre de 2024, ligeiramente acima dos 47,3% observados no mesmo período do ano anterior.
Nesse trimestre, o aumento nas exportações de açúcar, algodão e café verde impulsionou a balança. Houve a compensação da queda nas exportações de milho, soja em grãos e óleo de soja.
Por outro lado, a cotação de muitos insumos importados também se baseia na moeda americana.