O 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), realizado em Fortaleza, Ceará, destacou a posição de liderança do Brasil na exportação de algodão. O evento, promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), vai até o dia 5 de setembro e reúne especialistas e autoridades do setor para discutir rastreabilidade, sustentabilidade, qualidade e promoção do algodão brasileiro.
Durante a cerimônia de abertura, Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, celebrou a conquista do Brasil como maior exportador mundial de algodão. Viana anunciou que a ApexBrasil intensificará seus esforços para expandir a presença do algodão brasileiro no mercado europeu, destacando a qualidade e a sustentabilidade do produto. “Vamos fazer nossa parte e mostrar à Europa que o Brasil não é apenas o maior exportador, mas também possui o melhor ecossistema de produção de algodão”, afirmou Viana.
O Congresso, considerado o maior evento do setor, conta com a presença de autoridades como o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion. Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, ressaltou a importância dos pilares discutidos no evento e a expectativa de novas oportunidades no mercado global.
O Brasil ultrapassou os Estados Unidos no ranking mundial de exportação de algodão, com previsão de exportar cerca de 2,70 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) entre agosto de 2023 e julho de 2024, em comparação com 2,57 milhões de toneladas dos EUA. Este avanço é resultado de investimentos em tecnologias, sustentabilidade e rastreabilidade, características que destacam o algodão brasileiro no mercado internacional.
O projeto Cotton Brasil, uma parceria entre a ApexBrasil e a Abrapa, tem sido crucial para a conquista de novos mercados e o fortalecimento da reputação do algodão brasileiro. Desde sua criação em 2020, o projeto já apoiou 54 empresas e responde por 75% das exportações brasileiras de algodão. As novas metas incluem ampliar a presença em países prioritários como China, Vietnã e Turquia.
A trajetória do algodão no Brasil, marcada por desafios como a praga ‘bicudo-do-algodoeiro’ e disputas comerciais com os EUA, demonstra a resiliência e a capacidade de inovação do setor. Com investimentos em modernização e práticas sustentáveis, o Brasil se consolidou como líder global, superando desafios históricos e estabelecendo um novo padrão de excelência.