A ApexBrasil e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) promoveram um encontro em Bangkok, de 30 de outubro a 1º de novembro, reunindo representantes dos Setores de Promoção Comercial e Investimentos (Secoms), de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectecs), além de adidos agrícolas. A iniciativa buscou aprofundar as relações econômicas do Brasil com o Sudeste Asiático e a Oceania, regiões com mais de 2.700 oportunidades de exportação identificadas.
“Queremos estar presentes em toda a Ásia e Oceania”, destacou Jorge Viana, presidente da ApexBrasil. Ele ressaltou a importância estratégica da ASEAN, bloco que inclui países como Indonésia, Tailândia e Vietnã, que em 2023 se tornaram o terceiro maior destino das exportações brasileiras, superando o Mercosul. O Brasil exporta atualmente mais para economias da ASEAN do que para países como Japão e Alemanha.
O evento discutiu estratégias para explorar os US$ 322,2 bilhões em oportunidades comerciais no bloco. O secretário Laudemar Aguiar ressaltou a objetividade do encontro, destacando a colaboração entre os setores. Luis Rua, do Mapa, enfatizou a sinergia entre as iniciativas, enquanto empresários reforçaram a relevância de estar presente na Ásia, como afirmou Edinilson do Nascimento, da JBS Couro.
Crescimento nas exportações e investimentos futuros
Até setembro de 2024, as exportações brasileiras para a ASEAN registraram um aumento de 8,8% em comparação a 2023. Viana anunciou planos para reforçar a presença brasileira, incluindo a criação da Casa Brasil em Xangai. E também a abertura de um escritório da ApexBrasil em Singapura, centro logístico vital. Ele também mencionou a preparação para a Expo Universal em Osaka, em 2025, visando promover a imagem e os produtos do Brasil
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O encontro também serviu como preparação para a missão de trabalho no Japão, entre 4 e 6 de novembro. Nessa missão será lançado o Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-Japão. Segundo Viana, o objetivo é diversificar exportações, que ainda se concentram em commodities, tornando as relações comerciais mais vantajosas.
Com uma abordagem estratégica e foco em resultados, o Brasil busca consolidar e expandir sua presença em mercados cruciais na Ásia e Oceania, impulsionando de forma comercial o agronegócio e outros setores-chave.