As campanhas de atualização de rebanhos e vacinação contra a Brucelose estão em andamento no Estado de São Paulo. O prazo final é até o próximo dia 31 de dezembro. Os produtores devem declarar as espécies existentes em suas propriedades e imunizar as bezerras com idades entre três e oito meses.
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) informa que os responsáveis só poderão emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) após atualizar completamente os dados das espécies, incluindo bovinos, búfalos, equinos, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos.
Os produtores podem realizar a atualização diretamente no sistema GEDAVE ou pessoalmente em uma das Unidades da Defesa Agropecuária. Também é possível enviar o formulário por e-mail, disponível no site da SAA.
Mudanças na vacinação contra brucelose
A campanha de vacinação contra a Brucelose passou por alterações normativas com a publicação da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24. A vacinação das fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses agora não exige mais a marcação a fogo. A identificação da vacinação será feita por meio de um identificador auricular do tipo botton.
Os novos prazos para vacinação foram divididos em dois períodos: o primeiro vai de 1º de janeiro a 30 de junho, enquanto o segundo se estende de 1º de julho a 31 de dezembro. Os produtores que não vacinarem seus rebanhos dentro dos prazos estabelecidos terão a movimentação dos bovídeos suspensa até regularização junto às unidades da Defesa Agropecuária.
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Entretanto, diferente das campanhas anteriores, agora não é mais necessária a declaração de vacinação pelo proprietário. O médico-veterinário responsável pela imunização deve cadastrar o atestado no sistema GEDAVE em até quatro dias após a vacinação para validar a imunização dos animais.
Identificação alternativa e benefícios
O novo modelo de identificação aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) é uma alternativa à marcação a fogo que visa promover o bem-estar animal e aumentar a segurança tanto para os produtores quanto para os veterinários. O botton amarelo identificará os animais vacinados com a vacina B19, enquanto o botton azul marcará as fêmeas vacinadas com RB 51.
As revendas de insumos veterinários fornecerão os bottons e venderão os identificadores junto com as vacinas. Se houver perda ou dano do botton, o produtor deve solicitar uma nova aplicação ao médico-veterinário responsável ou à Defesa Agropecuária.
Vale ressaltar que o uso do botton é válido apenas dentro do Estado de São Paulo, sendo proibido o trânsito de animais identificados dessa forma para outros estados da federação.
Com essas iniciativas, a Defesa Agropecuária busca garantir a sanidade animal no estado, promovendo práticas que favorecem tanto os produtores quanto o controle das doenças que afetam o rebanho.