Os preços do suíno vivo seguem em alta, atingindo novos recordes nominais na série histórica do Cepea. Em termos reais, as médias atuais são as maiores desde 2020. Pesquisadores do Cepea afirmam que a maior liquidez no mercado de carne impulsiona frigoríficos a adquirirem mais lotes para abate.
A alta nos preços da carne bovina também estimula a demanda interna por suínos. Além disso, a oferta doméstica está limitada, cenário agravado pelo bom desempenho das exportações. Em outubro, foram embarcadas 129,7 mil toneladas de carne suína, o segundo maior volume da série histórica da Secex, iniciada em 1997.
Boi gordo: carcaça casada bate recordes diários
Desde 1º de novembro, o preço da carcaça casada bovina ultrapassa R$ 22 por quilo, alcançando novos recordes diários. Segundo o Cepea, a demanda aquecida reflete fatores macroeconômicos, como a queda do desemprego, e a proximidade das festas de fim de ano. Isso leva varejistas a reforçar estoques, pagando preços mais altos no atacado.
No mercado de boi gordo, a dificuldade de adquirir novos animais pressiona a indústria a aumentar os valores da arroba. Além disso, frigoríficos estão reduzindo prazos de pagamento para garantir o abastecimento. O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 registra alta acumulada de mais de 5% em novembro.
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Frango: poder de compra frente ao milho cai ao menor nível
O poder de compra dos avicultores paulistas em relação ao milho é o mais baixo desde abril de 2023. Conforme o Cepea, o cenário reflete a valorização interna do milho e o enfraquecimento dos preços do frango vivo. Além disso, a média parcial de novembro mostra queda em comparação ao mês anterior.
Apesar de certa estabilidade nos preços do frango, alguns agentes, visando desovar estoques, reduziram valores. Já no mercado de milho, a forte demanda doméstica e a valorização internacional sustentam as altas nos preços.