O agronegócio brasileiro mantém seu vigor ao atender às demandas internas e externas por fibras, alimentos e energia. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, baseadas em dados do MDIC e Siscomex, o faturamento com exportações agropecuárias alcançou US$ 52 bilhões entre janeiro e abril deste ano. Isso representa um aumento de 2,7% em relação ao mesmo período de 2023.
Exportações crescem 9%
Pesquisadores do Cepea destacam que o aumento no faturamento está ligado ao crescimento de 9% no volume exportado pelo Brasil no primeiro quadrimestre. Esse crescimento ocorreu apesar de uma queda de 6% nos preços em dólar. As exportações do setor foram impulsionadas pelo algodão, cujo volume exportado cresceu 230% em comparação com o mesmo período de 2023. Outros produtos com aumento significativo nas vendas externas incluem açúcar (+80%), café (+50%), carne bovina in natura (+41%), farelo de soja (+21%), soja em grãos (+10%), papel (+24%) e carne suína (+3%).
A China permanece como o principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro, embora sua participação no valor total das exportações tenha diminuído. Em contrapartida, os Estados Unidos e países do Oriente Médio, como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, aumentaram suas participações. Outros países que intensificaram as relações comerciais com o Brasil incluem Índia, Egito, México e Turquia.
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Expectativas para 2024
Os pesquisadores do Cepea preveem que a demanda por alimentos, fibras e energia continuará forte em 2024. Mesmo com perspectivas de taxas de crescimento mais baixas para as principais economias mundiais, o aumento da população mundial e da renda dos países importadores deve sustentar a demanda.
No lado da oferta, a atenção nos próximos meses se voltará para a evolução da colheita no Hemisfério Norte. Enquanto isso, países do Hemisfério Sul, como Brasil e Argentina, concluirão a colheita de grãos e se prepararão para o novo ciclo produtivo de 2024/25. Qualquer variação na oferta mundial em relação às expectativas do mercado poderá impactar os preços internacionais dos produtos agropecuários.
1 comentário
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