O agronegócio brasileiro continua a se destacar no cenário global de exportações, atendendo às demandas internas e externas por fibras, alimentos e energia. De acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, e dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o faturamento com as vendas externas de produtos agropecuários alcançou US$ 52 bilhões de janeiro a abril de 2024, representando um aumento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os pesquisadores do Cepea apontam que o crescimento no faturamento está relacionado a um aumento de 9% no volume exportado, apesar de uma queda de 6% nos preços em dólar. Os principais produtos que impulsionaram as exportações incluem o algodão, com um impressionante crescimento de 230% no volume exportado, seguido pelo açúcar (+80%), café (+50%), carne bovina in natura (+41%), farelo de soja (+21%), soja em grãos (+10%), papel (+24%) e carne suína (+3%).
Destinos das Exportações
A China continua sendo o maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro, embora tenha visto uma diminuição na sua participação no valor total dos embarques. Em contrapartida, os Estados Unidos e países do Oriente Médio, como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, aumentaram sua participação nas importações. Outros países que têm ampliado suas relações comerciais com o Brasil incluem Índia, Egito, México e Turquia.
Expectativas para 2024
Pesquisadores do Cepea acreditam que a demanda por alimentos, fibras e energia deverá permanecer forte em 2024. Apesar das projeções de crescimento mais modesto para as principais economias globais, o aumento da população mundial e o crescimento da renda nos países importadores devem sustentar essa demanda.
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No que diz respeito à oferta, a atenção nos próximos meses se voltará para a colheita no Hemisfério Norte, enquanto o Brasil e a Argentina se preparam para finalizar a colheita de grãos e iniciar um novo ciclo produtivo em 2024/25. Mudanças na oferta global em comparação com as expectativas do mercado podem impactar os preços internacionais dos produtos agropecuários.
Com esses dados, fica evidente que o agronegócio brasileiro não apenas desempenha um papel crucial na economia nacional, mas também se posiciona como um protagonista no comércio internacional, contribuindo significativamente para a balança comercial do país.