Os preços dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea encerraram junho em alta, registrando o segundo mês consecutivo de avanço. Essa sustentação veio do excelente desempenho das exportações brasileiras de carne suína em junho e da forte demanda no mercado doméstico.
No mercado interno, a alta demanda, especialmente na primeira metade de junho, combinada à oferta reduzida de suínos em peso ideal para abate, mantiveram os valores de comercialização do suíno vivo e da carne em patamares elevados.
Em São Paulo, o preço médio do suíno posto no mercado independente subiu 3% em relação a maio, chegando a R$ 6,97/kg. Já em Patos de Minas (MG), o avanço mensal foi de 1,7%, com o animal negociado a R$ 7,10/kg. No Paraná, o valor do suíno vivo em Arapoti apresentou a valorização mais expressiva, de 5,2%, atingindo R$ 7,04/kg.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Exportações de carne suína do Brasil batem recorde
+ Agro em Campo: Isenção de impostos para carne
Valorização
No mercado da carne, a carcaça especial suína se valorizou 4,5% de maio para junho, sendo comercializada a R$ 10,31/kg no atacado da Grande São Paulo. Do mesmo modo, o pernil com osso registrou a elevação mais acentuada, de 7,1%, chegando a R$ 11,09/kg.
Exportação
As exportações brasileiras de carne suína (in natura e processados) voltaram a subir em junho, após recuo em maio. O Brasil embarcou 105,9 mil toneladas, volume 2,5% maior que o de maio, porém 1% abaixo do escoado em junho de 2023. Por outro lado, apesar da forte retração dos envios à China, outros países intensificaram as aquisições, como as Filipinas, Japão e República Dominicana.
Relação com milho
O poder de compra do suinocultor paulista frente ao milho aumentou em junho, impulsionado pela alta no preço do vivo e queda no do cereal. Além disso, em relação ao farelo de soja, outro insumo importante, o poder de compra do produtor caiu, uma vez que o farelo se valorizou em maior intensidade que o animal.