Os incêndios em propriedades rurais, de junho a agosto, causaram prejuízos de R$ 14,7 bilhões no Brasil. A informação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgada nesta quinta-feira (26). O fogo destruiu 2,8 milhões de hectares, afetando principalmente a produção de bovinos de corte, cana-de-açúcar e a qualidade do solo.
São Paulo foi o estado mais prejudicado, com perdas estimadas em R$ 2,8 bilhões. Em seguida, aparecem Mato Grosso (R$ 2,3 bilhões), Pará (R$ 2 bilhões) e Mato Grosso do Sul (R$ 1,4 bilhão).
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De acordo com a CNA, os maiores impactos foram registrados na pecuária e pastagens, com perdas de R$ 8,1 bilhões. As cercas danificadas somaram prejuízos de R$ 2,8 bilhões. A produção de cana-de-açúcar sofreu um impacto financeiro de R$ 2,7 bilhões, enquanto outras culturas temporárias e permanentes registraram perdas de R$ 1,068 bilhão.
A CNA estimou os prejuízos considerando os danos à produção e à infraestrutura agrícola, o que reflete a gravidade dos incêndios no campo brasileiro.
De acordo com a Embrapa, os incêndios florestais diminuem a fertilidade do solo, além de comprometerem a saúde de animais e plantas. Para exportadores de produtos agrícolas, a imagem associada às queimadas pode levar a boicotes comerciais e a perdas econômicas significativas.
O setor tem enfrentado crescente pressão internacional para adotar práticas mais sustentáveis, como destacou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em um relatório. O não cumprimento de padrões ambientais pode resultar na perda de mercados, especialmente na Europa.