A indústria têxtil brasileira, a quinta maior do mundo e a quarta maior produtora de denim (tecido usado para fazer o jeans), enfrenta um desafio crítico: a geração de aproximadamente 160 mil toneladas de resíduos por ano no país.
Mitigação do Problema
Uma startup brasileira desenvolveu uma fibra têxtil biodegradável a partir do hidrocoloide presente em algas marinhas vermelhas. “Estou ansiosa para ver o tecido no mercado da moda”, conta a estilista e CEO da Phycolabs, Thamires Pontes.
Origem da Ideia
A ideia surgiu após a descoberta de que as algas vermelhas do tipo Rhodophyta, abundantes no Nordeste brasileiro, podem ser usadas para produzir um material sustentável.
Ou seja, a fibra de algas não só reduz o impacto ambiental da produção têxtil, mas também captura de 5 a 20 vezes mais carbono da atmosfera.
Inovação e Reconhecimento
A startup desenvolveu, em conjunto com a Unidade Embrapii do Instituto SENAI, uma fibra têxtil biodegradável com algas vermelhas, que permite portanto a produção do jeans sustentável.
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“Já ganhamos alguns reconhecimentos e prêmios com esta iniciativa e tudo indica que é um produto diferenciado e ecológico”, explicam os pesquisadores Adriano Alves Passos e Igor Lopes Soares.
Economia Azul
Desse modo, o uso de algas marinhas, na produção de jeans sustentável, colabora com a economia azul.
Ou seja, a nova onda que se refere ao desenvolvimento sustentável dos recursos naturais do oceano, favorece a criação de empregos e meios de subsistência. Além disso, ao mesmo tempo ajuda na preservação dos ecossistemas marinhos.
Inovação e Sustentabilidade
A inovação não apenas contribui para a sustentabilidade, mas também pode substituir materiais derivados do petróleo como poliéster, nylon, acrílico e elastano, recursos não renováveis que prejudicam o meio ambiente.
Portanto, “adotar uma abordagem ecológica na linha de produtos, atrai consumidores conscientes e alinhados com a sustentabilidade”, destaca Thamires.