A safra de algodão 2023/2024 no Brasil atingiu um recorde histórico de 3,7 milhões de toneladas de pluma, resultado de práticas agrícolas inovadoras, avanços tecnológicos e parcerias estratégicas. Esses temas foram destaque em diversas das 114 palestras apresentadas no 14º Congresso Brasileiro do Algodão, em Fortaleza (CE). O aumento da área plantada no país, que chegou a dois milhões de hectares (um crescimento de 15% em relação à safra anterior), reforça a importância da tecnologia no campo.
“Com o resultado positivo, já fechamos novos negócios, como a contratação de colhedoras para a próxima safra, mesmo por produtores que ainda nem começaram a plantar. Eles buscam se antecipar, entender as tecnologias das máquinas para estar preparados na colheita”, explica Alex Johann, Gerente de Frotas e Mecanização da RZK Rental.
Muitos optam pela locação das máquinas, uma estratégia que, segundo Eduardo Martinatti, diretor comercial da RZK Rental, reduz custos em torno de 30%, e 13% no ganho de eficiência da máquina, refletindo em melhorias gerais nas propriedades. “Contribuir para o Brasil ser líder na produção de algodão é motivo de orgulho”, diz Martinatti. A RZK Rental foi responsável por atender cerca de 10% da área plantada no Mato Grosso. Segundo ele, isso demonstra a crescente aceitação da gestão eficiente com novas máquinas.
Tecnologia para alto desempenho
A Bayer, por sua vez, contribui com a plataforma , que será destaque na safra 2024/2025. Essa tecnologia proporciona proteção contra plantas daninhas, integrando dicamba e glufosinato de amônio, ampliando a eficácia no controle e manejo das plantações.
Fernando Prudente, líder de Produto de Soja e Algodão da Bayer, enfatiza que a combinação de novas tecnologias e boas práticas ajudou a colocar o Brasil entre os maiores produtores de algodão do mundo. Nos últimos três anos, a Bayer investiu mais de € 6,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento de sementes e biotecnologias. “Nosso foco é contribuir para o crescimento sustentável e produtivo, o que nos move a buscar inovações”, diz Prudente.
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Durante o Congresso Brasileiro do Algodão, a FMC, outra gigante do setor, apresentou a plataforma Arc™ farm intelligence. Ela promete ser capaz de prever a pressão de pragas com precisão maior que 90%. Isso gera uma aplicação de proteção de cultivos mais assertiva para garantir a produtividade e a rentabilidade do agricultor.
Previsão de clima regional
A ferramenta móvel da FMC também conta com uma previsão de clima a nível regional em parceria com a IBM. Ela conta com uma tecnologia patenteada que é capaz de identificar imediatamente qual praga está na armadilha. O histórico de pressão fica disponível aos produtores, como um auxílio a mais para tomada de decisão, facilitando o manejo regional e um futuro modelo preditivo.
“Sabemos da importância da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil e, por isso, a FMC tem orgulho de participar dessa história desde o início. Neste ano, nossa participação no Congresso Brasileiro do Algodão é para reforçar o nosso compromisso em estar à frente dos debates e inovações para cotonicultura. Pois, além de termos o mais completo e eficiente portfólio do mercado, oferecemos soluções para o manejo integrado para todo o ciclo, buscando otimização de recursos, maior produtividade, melhor qualidade de fibra e, consequentemente, a sustentabilidade do algodão brasileiro”, diz Fábio.
Sustentabilidade e novas parcerias
A Sipcam Nichino Brasil, outra gigante do setor, apresentou no congresso três novos produtos voltados para o desenvolvimento da cultura do algodão. Leandro Alves Martins, diretor de marketing da empresa, destacou a crescente abertura do mercado de algodão para novas oportunidades.
Com o objetivo de garantir produtividade e resiliência frente às mudanças climáticas, os produtores estão cada vez mais focados em práticas sustentáveis. E buscando reduzir sua pegada ambiental e preservar recursos naturais. Prudente, da Bayer, ressalta que o uso de ferramentas digitais, proteção já na semente e manejo flexível são essenciais para produzir mais em menos espaço. Ao mesmo tempo que regeneram o meio ambiente.
A Bayer também apoia o movimento “Sou de Algodão”, promovido pela Abrapa e pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). O movimento incentiva a produção responsável e certificada. “Essa colaboração nos permite antecipar tendências e promover impactos positivos em toda a cadeia do algodão”, finaliza Prudente.
Essa trajetória de inovação e parceria é o que mantém o Brasil como um dos principais líderes globais na produção de algodão, unindo alta tecnologia, sustentabilidade e eficiência operacional no campo.