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Logística: produtores de café enfrentam falta de estrutura portuária

Exportações de café batem recorde, mas gargalos logísticos deixam 1,7 milhão de sacas paradas nos portos
Henrique RodartePor Henrique Rodarte01/12/2024
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A origem dos problemas está na infraestrutura portuária brasileira, que não acompanhou o crescimento exponencial do agronegócio, especialmente no transporte de cargas conteinerizadas. Alterações de escalas, atrasos constantes e falta de capacidade adequada são alguns dos principais entraves identificados. Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, destacou a necessidade de ações estruturais urgentes para modernizar os portos e garantir competitividade ao setor.

“O sistema portuário brasileiro está saturado. Precisamos de investimentos em pátios, berços de atracação e aprofundamento de calados para atender navios de maior porte, além de integração com rodovias, ferrovias e hidrovias para diversificar os modais logísticos”, afirmou Heron.

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Porto de Santos: principal terminal enfrenta altos índices de atrasos

O Porto de Santos, responsável por 67,4% das exportações de café do Brasil, foi destaque negativo no levantamento. Em outubro, 74% das operações no terminal enfrentaram atrasos ou alterações de escalas, com tempos de espera chegando a 58 dias. Apenas 10% das operações tiveram mais de quatro dias de gate aberto, enquanto 44% tiveram menos de dois dias.

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Segundo o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com o Cecafé, 69% dos navios, ou 218 de um total de 317 porta-contêineres, tiveram atrasos ou alteração de escalas para exportar café, nos principais portos do Brasil, em outubro deste ano

O complexo portuário do Rio de Janeiro, segundo maior exportador do café nacional com 28,1% de participação, também apresentou problemas. Em outubro, 70% dos navios sofreram atrasos, com intervalos de até 35 dias entre o primeiro e o último deadline. Essa situação agrava ainda mais a dificuldade de escoar a produção, especialmente em um ano de safra abundante.

Soluções temporárias e esforços do setor

Exportadores recorrem a soluções alternativas para mitigar os impactos logísticos, como o transporte de café a granel por meio de embarcações break bulk, sem a utilização de contêineres. Até outubro, realizaram cinco operações nesse formato, buscando alternativas viáveis diante das dificuldades enfrentadas.Contudo, Heron ressalta que essas soluções não substituem a necessidade de um plano estruturado para modernizar a logística portuária brasileira.

“O recorde de exportações é resultado do esforço das equipes de logística e da adaptação das empresas, mas isso não pode mascarar os problemas estruturais que enfrentamos”, disse o diretor técnico.

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A Cecafé tem liderado esforços para sensibilizar autoridades públicas e o setor privado sobre a importância de investimentos na infraestrutura portuária. A equipe busca reunir dados concretos para demonstrar o impacto econômico da ineficiência logística e pressionar pela adoção de ações efetivas. Heron enfatizou a urgência de acelerar projetos de modernização, destacando a importância de priorizar eficiência, redução de custos e ampliação da capacidade operacional.

Além dos portos, o setor aponta a necessidade de melhorias em toda a cadeia logística, incluindo rodovias e ferrovias. Essas ações são vistas como fundamentais para atender à crescente demanda internacional e manter o Brasil na liderança global do comércio de café.

O desafio da competitividade no mercado internacional

Apesar das dificuldades, o Brasil continua a se consolidar como um dos maiores exportadores de café do mundo. O recorde em outubro demonstra a resiliência do setor e o potencial do país para ampliar sua participação no mercado global. No entanto, especialistas alertam que a manutenção dessa posição exige infraestrutura compatível com a demanda e políticas públicas que favoreçam a competitividade.

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Em 2025, o setor planeja adotar medidas paliativas, como ampliar o uso de modais alternativos, enquanto busca avanços estruturais de longo prazo. Essas melhorias são essenciais para garantir a sustentabilidade e o crescimento do segmento, evitando prejuízos que afetem exportadores e impactem negativamente a economia brasileira como um todo.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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