O milho verão é uma cultura atrativa para os produtores brasileiros em diversas regiões, sendo cultivado em aproximadamente 5 milhões de hectares. Com alta produtividade, essa opção de cultivo pode ser rentável para os agricultores que enfrentam desafios climáticos e a incidência de pragas, como lagartas, percevejos e cigarrinhas.
Para garantir a rentabilidade do milho verão, que é plantado entre outubro e novembro na região Sul e até novembro na Bahia, os produtores devem adotar boas práticas de manejo. Por exemplo, como adubação adequada e semeadura de híbridos de alto potencial. A utilização de tecnologias inovadoras para proteção da cultura e controle de pragas e doenças também ajuda.
Principais pragas
Uma das principais pragas do milho verão é o percevejo barriga-verde (Dichelops melacanthus). Ela pode causar uma redução de aproximadamente 5,38% na produção de grãos por hectare, caso haja uma infestação de um percevejo por metro quadrado. Esse inseto se alimenta das plântulas, causando danos físicos e fisiológicos, podendo levar a espigas reduzidas ou até mesmo afetar completamente o desenvolvimento da cultura.
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Outra praga importante é a cigarrinha (Dalbulus maidis), vetora de doenças como o enfezamento pálido, enfezamento vermelho e risca do milho. Ela pode atingir altas populações em apenas um ciclo da cultura, que dura cerca de 180 dias. “A ponte verde entre o milho verão e o milho safrinha permite que o ciclo de vida da cigarrinha seja completo, favorecendo o aumento de sua população. E, consequentemente, mais incidência de enfezamentos”, explica Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.
Rentabilidade e desafios
De acordo com a Embrapa, a cigarrinha adquire os molicutes ao se alimentar da seiva de uma planta de milho doente. Desta forma, pode transmiti-los para plantas sadias durante a alimentação. Isso após um período latente de 3 a 4 semanas, que pode ser reduzido em condições de altas temperaturas.
Apesar dos desafios, o milho verão continua sendo uma opção rentável para os produtores rurais em diversas regiões do Brasil. Com a adoção de boas práticas de manejo e o controle eficaz das principais pragas, os agricultores podem maximizar a produtividade e a rentabilidade dessa cultura.