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    Pesquisa da Embrapa desenvolve feijão mais saudável

    Edição gênica promete feijão com melhor digestibilidade
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte22/11/2024Atualizado:23/11/2024
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    Pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão desenvolveram, pela primeira vez, uma variedade de feijão editada geneticamente para reduzir fatores antinutricionais. Utilizando a técnica CRISPR, os cientistas desativaram dois genes responsáveis pela produção de rafinose e estaquiose, carboidratos que, embora presentes em alimentos nutritivos como o feijão, estão associados a desconfortos digestivos e flatulências.

    A pesquisa, liderada pelos cientistas Rosana Vianello e Josias Correa, utiliza o conhecimento acumulado do genoma do feijão, sequenciado há quase uma década. A técnica CRISPR, que funciona como uma “tesoura molecular”, permitiu bloquear os genes que ativam a rota de produção desses compostos.

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    Equipe da pesquisa: pesquisadores Josias Correa e Rosana Vianello e o bolsista Dener Lucas dos Santos. – Foto: Rodrigo Peixoto

    “A edição gênica representa uma revolução, especialmente para aprimorar a qualidade nutricional e tecnológica dos grãos, tornando as variedades mais atraentes para produtores e consumidores”, explica Vianello.

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    Impacto nos próximos anos

    Atualmente, a pesquisa avança para estabilizar a nova característica em gerações futuras de plantas. As sementes editadas estão sendo cultivadas em ambientes controlados. Além disso, os cientistas esperam que, ao longo de cinco a oito anos, seja possível lançar uma variedade estável e comercialmente viável de feijão editado geneticamente.

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    Esse avanço integra o projeto “Desenvolvimento e aplicação de novas soluções biotecnológicas no melhoramento genético do feijão-comum”, financiado pelo CNPq e coordenado por Francisco Aragão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

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    Por que editar o feijão?

    Embora o feijão seja uma fonte rica em aminoácidos, fibras e minerais, a presença de fatores antinutricionais, como os carboidratos do grupo rafinose, limita sua digestibilidade. O corpo humano não produz enzimas para digerir essas moléculas, e sua fermentação por microrganismos intestinais gera gases como metano e dióxido de carbono.

    Tradicionalmente, práticas como deixar o feijão de molho antes do cozimento ajudam a reduzir esses compostos. No entanto, a edição genética permite uma solução mais duradoura e eficiente, eliminando a necessidade de procedimentos adicionais no preparo.

    Uma nova era da biotecnologia

    A técnica CRISPR, desenvolvida pelas cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna — vencedoras do Nobel de Química de 2020 —, tem revolucionado a engenharia genética. Essa ferramenta possibilita cortes precisos no DNA, permitindo o controle da produção de moléculas específicas em plantas e outros organismos.

    Além de criar alimentos mais nutritivos, a tecnologia CRISPR abre caminho para o desenvolvimento de variedades resistentes a pragas, tolerantes a condições climáticas adversas e até mais produtivas, contribuindo significativamente para a agricultura sustentável.

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    Feijão com menos , mais saúde

    Se bem-sucedida, a nova variedade de feijão promete atender tanto às necessidades dos consumidores quanto às exigências do mercado. Reduzir os fatores antinutricionais sem comprometer o sabor ou a qualidade do grão coloca o Brasil na vanguarda das inovações agrícolas globais. Além disso, a iniciativa demonstra como avanços científicos podem melhorar diretamente a experiência e a saúde do consumidor final.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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