Os preços da soja no mercado interno brasileiro dispararam em junho, alcançando as maiores médias do ano em termos reais, segundo o IGP-DI de maio. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá chegou a R$ 138,92 por saca, enquanto o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná atingiu R$ 133,98 por saca de 60 kg. Esses valores representam aumentos de 2,1% e 2,4%, respectivamente, em relação a maio de 2024.
Os pesquisadores do Cepea atribuem essa alta à forte demanda internacional pela soja brasileira e à valorização do produto no mercado externo. Além disso, muitos sojicultores têm resistido a vender grandes volumes. Eles apostam que a alta taxa cambial continuará a favorecer as exportações e, consequentemente, os preços internos do grão.
No primeiro semestre de 2024, as exportações de soja somaram 64,13 milhões de toneladas, um recorde para o período e 2,2% acima do volume exportado no mesmo intervalo de 2023, de acordo com dados da Secex.
Vale lembrar que um outro diferencial do Brasil é a sustentabilidade. A Embrapa estabeleceu diretrizes técnicas para a certificação da soja de baixo carbono, prometendo uma redução de 30% na pegada ambiental das produções que seguirem as orientações. Este avanço, além de promover a sustentabilidade, visa diversificar as exportações brasileiras, atualmente direcionadas majoritariamente para a China.
A primeira versão do documento “Diretrizes Técnicas para Certificação Soja Baixo Carbono” foi publicada, delineando as premissas para a mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sistemas agrícolas. Essas premissas estão sendo testadas em mais de 60 áreas agrícolas, distribuídas por cinco macrorregiões produtoras de soja, durante as safras de 2023/24 e 2024/25.