Um avanço inovador na produção agropecuária está sendo testemunhado com o Sistema Precocidade, Produtividade e Sustentabilidade (Sistema PPS) na produção de carne bovina. Ele une estratégias de integração lavoura-pecuária (ILP) e pecuária-floresta (IPF). É um esquema de rotação de rebanho nelore em sistema de cria, recria e terminação a pasto, conforme a categoria animal. Com isso, existem melhores resultados, por exemplo, em termos de ganho de peso, crescimento, desempenho reprodutivo e sanidade.
O Sistema PPS não é apenas uma teoria; é um conjunto de práticas fundamentadas em mais de 15 anos de pesquisa pela Embrapa Agrossilvipastoril. Essa solução tecnológica, desenvolvida em parceria com outras instituições, representa um marco na otimização da produção de carne a pasto. Por exemplo, as fazendas de cria, recria e terminação localizadas nas regiões central e norte do Brasil.
O produtor tem recomendações de rotação dos animais na propriedade ao longo do ano. O objetivo é obter as vantagens da ILP, como maior ganho de peso, quando essa característica é desejada, e dos sistemas com árvores, como melhor sanidade, precocidade sexual e menor estresse térmico em momentos específicos. Além disso, o sistema também contempla recomendações de manejo sanitário.
Década de 80: onde tudo começou
Esse sistema de produção não surgiu do nada; é o resultado de décadas de evolução e pesquisa contínua. Desde os primeiros estudos nos anos 80, com o consórcio entre arroz e pastagem no conhecido “Sistema Barreirão”, até a incorporação do componente arbóreo devido à demanda por madeira e aos benefícios da sombra para o conforto animal, o caminho até o Sistema PPS foi marcado por uma busca incessante por eficiência e sustentabilidade.
Futuro mais próspero e sustentável com a sistema PPS na produção de carne bovina
Portanto, o Sistema PPS não é apenas uma resposta aos desafios do passado; é uma solução para os desafios futuros. Ao aliar-se aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, especialmente os de Fome Zero e Agricultura Sustentável (ODS 2) e Ação contra a Mudança Global do Clima (ODS 13), ele não só promove uma produção bovina mais sustentável, mas também contribui para a segurança alimentar global. Outro ponto chave é que ao adotar sistemas integrados de produção, o Brasil está liderando o caminho para um futuro agrícola mais resiliente e próspero.