Na abertura do evento, Leite estava acompanhado pelo vice-governador Gabriel Souza e pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn. Ele destacou que o agronegócio gaúcho foi severamente afetado pelas enchentes e secas recentes, e lamentou a falta de políticas de incentivo para a região Sul, em comparação com outras partes do país.
“O tratamento ao Sul do Brasil, especialmente ao Rio Grande do Sul, é desleal e desequilibrado. Não buscamos retirar recursos de outras regiões, mas sim, exigir um tratamento adequado, principalmente após as calamidades enfrentadas.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O governador ressaltou a urgência em apoiar o setor agropecuário gaúcho. “A alma empreendedora do Rio Grande do Sul, sacrificada pelas adversidades climáticas, clama por um pacto federativo que auxilie o Estado a se reerguer. Quem produz no campo não pode esperar”, completou.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Exportação brasileira de carne suína bate recorde
+ Agro em Campo: La Niña – mudanças no clima vão impactar o preço da alimentação
Medida Provisória nº 1.247
Leite também criticou a Medida Provisória nº 1.247, recentemente publicada pelo governo federal, afirmando que ela não resolve as necessidades dos produtores rurais e ainda enfrenta entraves burocráticos. Ao mesmo tempo, o secretário Clair Kuhn compartilhou essa insatisfação, dizendo que a MP deveria ter sido mais eficaz em resolver os problemas do setor. “A próxima safra pode estar severamente comprometida, e é por isso que estamos aqui, apoiando esse movimento”, destacou Kuhn.
As principais reivindicações do setor incluem a prorrogação das dívidas por 15 anos, com três anos de carência e juros de 3% ao ano, além de crédito para reconstrução e capital de giro. Além disso, Leite frisou que o movimento não tem caráter político-partidário, sendo uma manifestação genuína das bases do agronegócio gaúcho.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Além do governador, participaram do ato os secretários Ronaldo Santini (Desenvolvimento Rural), Beto Fantinel (Desenvolvimento Social) e Ernani Polo (Desenvolvimento Econômico). Representantes de várias entidades do agronegócio também marcaram presença. O evento ainda incluiu um “tratoraço”, com tratores de diversas regiões do Estado indo à capital.