O Dia Internacional do Café, celebrado nesta terça-feira (1º), marcou uma data especial para os apreciadores de uma das bebidas mais consumidas no mundo. Criada pela Organização Internacional do Café (OIC), a comemoração deste ano destacou o tema “Café: seu ritual diário, nossa jornada compartilhada”, promovendo um setor mais sustentável e justo. Em resumo, o foco está na sustentabilidade, no apoio aos cafeicultores e no equilíbrio do mercado.
Brasil é o maior produtor e exportador do mundo
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou a importância da cafeicultura para o Brasil, maior produtor e exportador mundial de café. “O café faz parte do cotidiano brasileiro e é fundamental para a nossa economia. Trabalhamos para que os produtores possam expandir sua produção e os consumidores tenham acesso aos melhores grãos brasileiros”, afirmou Fávaro.
Arábica e Robusta
No Brasil, os dois principais tipos de grãos cultivados são o arábica e o conilon, conhecido também como robusta. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o arábica, cultivado em regiões de maior altitude, é apreciado por seu sabor suave e aromático, enquanto o conilon, produzido principalmente no Espírito Santo e em Rondônia, possui um sabor mais intenso e maior concentração de cafeína.
As lavouras de café ocupam o quarto lugar entre as principais culturas agrícolas no Brasil. O arábica representa 70% da produção nacional, concentrada em estados como Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Já o conilon corresponde a 30%, com destaque para a produção no Espírito Santo e Rondônia.
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O Brasil também lidera as exportações de café no mundo. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, o país exportou US$ 7,17 bilhões em café nos primeiros oito meses deste ano, um aumento de 45% em comparação ao mesmo período do ano passado. As exportações de 1,82 milhão de toneladas atingiram 152 países, com os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália como principais compradores.
O café verde representa cerca de 85% do total exportado, seguido pelo café solúvel, que registrou um crescimento de 3% nas exportações em relação ao ano anterior. O café torrado também vem ganhando espaço no mercado internacional.
China
Em junho deste ano, durante uma missão oficial à China, o Governo Federal firmou um acordo com a rede Luckin Coffee, garantindo a compra de 120 mil toneladas de café brasileiro, num valor estimado de US$ 500 milhões. Além disso, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) apoia financeiramente a cadeia produtiva, oferecendo recursos para estocagem, custeio e recuperação de cafezais. Para a safra 2024/2025, já foram contratados R$ 5,7 bilhões.
Portanto, as iniciativas reforçam o compromisso do Brasil com o fortalecimento da cafeicultura e a promoção de seus produtos no mercado internacional.