O relatório Estado do Clima Global 2024, divulgado nesta quarta-feira (19), confirma que 2024 foi o ano mais quente dos últimos 175 anos. Em geral, o documento, produzido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e outras agências da ONU, revela que a temperatura média global ficou 1,55°C acima dos níveis pré-industriais.
O estudo analisa dados climáticos globais e alerta para o agravamento da crise climática. As concentrações de dióxido de carbono atingiram o maior nível em 800 mil anos. O aquecimento dos oceanos e o derretimento das geleiras elevaram o nível do mar e reduziram a camada de gelo da Antártida, que registrou a segunda menor extensão da história.
Sistemas de alerta precoce
Diante desse cenário, a OMM reforça a necessidade de aprimorar os sistemas de alerta precoce e os serviços climáticos. Apenas metade dos países conta com mecanismos adequados para enfrentar riscos climáticos múltiplos. A entidade destaca que investir em serviços meteorológicos nacionais é essencial para fortalecer a resiliência das comunidades.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou que ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, conforme prevê o Acordo de Paris. Ele pediu que os líderes mundiais ampliem seus esforços para conter a crise climática.
“Nosso planeta está emitindo sinais de alerta, mas ainda temos chance de agir. Os países devem apostar em energias renováveis, que oferecem benefícios econômicos e ambientais”, declarou Guterres.
Além disso, ele também ressaltou que novos planos climáticos nacionais, previstos para este ano, serão decisivos para enfrentar os desafios globais do clima.
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