O Brasil registrou em 2024 o ano mais quente desde o início da série histórica em 1961, com uma temperatura média de 25,02°C. Esse valor representa um aumento de 0,79°C em relação à média histórica de 24,23°C, calculada entre 1991 e 2020. Em comparação, a média anual de 2023 foi de 24,92°C, que já era 0,69°C acima da média histórica.
Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que tanto 2023 quanto 2024 foram anos afetados pelo fenômeno El Niño, que apresentou intensidade de forte a muito forte. Essa condição climática tem impactos significativos nas temperaturas e padrões de precipitação no Brasil.
A análise dos desvios de temperaturas médias anuais realizada pelo Inmet revela uma tendência estatisticamente significativa de aumento das temperaturas no Brasil ao longo dos anos. Essa mudança pode estar associada às alterações climáticas globais e a transformações ambientais locais.
Temperatura global em ascensão
De acordo com a versão provisória do Estado Global do Clima 2024, publicada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura média da superfície global também apresentou um aumento significativo. Até setembro de 2024, essa temperatura estava 1,54°C acima da média histórica de 1850 a 1900. Com isso, espera-se que 2024 supere o recorde anterior de temperatura média global registrado em 2023.
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O Inmet prevê que o calor continuará a ser uma característica marcante neste início de ano. Para janeiro de 2025, há expectativas de temperaturas acima da média em quase todo o país.
O ano de 2024 não apenas se destaca como o mais quente na história do Brasil. Ele também reflete uma tendência global preocupante em relação às mudanças climáticas. A combinação do fenômeno El Niño e as alterações ambientais exigem atenção urgente para mitigar os impactos das altas temperaturas e garantir a segurança alimentar e hídrica no país. O Inmet continua a monitorar as condições climáticas e fornecer dados essenciais para entender e enfrentar esses desafios.