Bastos, no interior de São Paulo, é conhecida como a Capital do Ovo. A cidade produz cerca de 22 milhões de ovos por dia, o que equivale a aproximadamente 290 ovos por segundo. Esse volume representa cerca de 11% da produção nacional e quase metade do total produzido no estado de São Paulo.
Com pouco mais de 20 mil habitantes, Bastos abriga o maior plantel de galinhas poedeiras do país, com cerca de 30 milhões de aves alojadas. A avicultura é o motor da economia local, movimentando o comércio, a indústria e os serviços da região.
A história da cidade começou em 1928, nas terras da antiga Fazenda Bastos, propriedade da família Bastos. A fundação do município contou com a participação de Senjiro Hatanaka, enviado pelo governo japonês para buscar terras que recebessem imigrantes japoneses. A cultura japonesa marcou profundamente a região, influenciando a disciplina e o comprometimento dos produtores locais.
Imigração
Na década de 1930, os imigrantes japoneses iniciaram a criação de galinhas poedeiras, que logo se tornou a principal atividade econômica. O modelo de produção se espalhou entre as famílias, consolidando Bastos como polo nacional da avicultura de postura.
Os produtores trabalham de forma independente, mas mantêm uma forte união em prol da qualidade e inovação. A cidade é referência em tecnologia e troca de conhecimento no setor. “Bastos respira avicultura, e isso faz toda a cadeia evoluir junto”, afirma Douglas Sato, produtor local.
A tradição e o orgulho da cidade se refletem na Festa do Ovo, evento realizado há 55 anos. Esse ano realizada de 27 a 31 de agosto. A festa reúne produtores, compradores e visitantes de todo o Brasil para valorizar o alimento, fomentar negócios e premiar a qualidade dos ovos no Concurso Estadual de Qualidade de Ovos.
A produção de ovos movimenta milhões e garante emprego para milhares na região. Com tecnologia avançada e logística eficiente, Bastos mantém sua liderança no setor e busca expandir mercados, inclusive para exportação.
Enquanto isso, os moradores seguem orgulhosos. Afinal, não é todo dia que uma cidade pequena ajuda a alimentar um país inteiro.
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