A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) reuniu-se nesta segunda-feira (7) com representantes da Associação Baiana de Pecuária (Acrioeste). O objetivo foi discutir o fortalecimento do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Bubalinos no estado.
Durante o encontro, os participantes propuseram a criação de uma comissão técnica multidisciplinar. A comissão acompanhará o projeto piloto que a Seagri desenvolve em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
A iniciativa modernizará a cadeia produtiva bovina e bubalinocultura baiana. O projeto também promoverá mais tecnologia, segurança e sustentabilidade ao setor agropecuário.
Alinhamento com plano federal
O projeto baiano está alinhado ao Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Bubalinos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, lançou em dezembro de 2024 o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, que prevê a brincagem obrigatória de bovinos e bubalinos em todo o território nacional.
Estado busca referência nacional
O secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, destacou o avanço estratégico da iniciativa. “Já somos reconhecidos como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Agora, damos mais um passo rumo à excelência sanitária e produtiva”, afirmou.
Barrozo complementou: “Queremos colocar a Bahia entre os estados referência em identificação individual animal no país”.
O presidente da Acrioeste, Gill Machado, considera essencial o diálogo com o governo. “A aproximação com a Seagri é um passo importante para impulsionar projetos que contribuam com o desenvolvimento da pecuária baiana”, declarou.
Machado enfatizou a conscientização do setor. “A pecuária está cada vez mais consciente da importância da identificação individual para alcançar a rastreabilidade no futuro. O apoio técnico é fundamental para avançarmos”, disse.
Participantes do encontro
O encontro contou com a presença de representantes técnicos de diversas instituições. Participaram o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Adriano Bouzas, e o diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Carlos Augusto.
Também estiveram presentes o vice-presidente da Acrioeste, Stefan Zembrod, e o gerente de Sustentabilidade da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Eneas Porto. Técnicos e especialistas das instituições envolvidas completaram o grupo.
A agropecuária baiana exerce papel essencial no crescimento econômico, representando cerca de 25% do PIB do estado, empregando 1/3 da população ativa e sendo responsável por aproximadamente 50% das exportações baianas.
O sistema de rastreabilidade permitirá maior controle sanitário do rebanho. A medida também atenderá às demandas por segurança alimentar e facilitará o acesso a novos mercados internacionais.
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