A Bahia mantém seu status livre da Fusariose Raça 4 Tropical (R4T), uma das pragas mais devastadoras para a cultura da banana no mundo. Para evitar a entrada da doença, o estado investe em treinamentos, simulações de emergência e vigilância ativa. Portanto, garantindo que produtores e autoridades estejam preparados para uma eventual detecção.
Na última semana, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), em parceria com o Ministério da Agricultura (MAPA), Embrapa e UFRB, realizou o terceiro módulo do Curso de Emergência Fitossanitária em Cruz das Almas (BA). O treinamento capacitou 48 profissionais em técnicas de identificação de sintomas, coleta de amostras e protocolos de biossegurança, seguindo o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), metodologia internacional para gestão de crises.
Preparação para uma resposta rápida
Danúzia Ferreira, fiscal agropecuária e coordenadora do Programa Fitossanitário da Banana na Adab, explica que o curso “prepara fiscais e técnicos para ações imediatas em caso de introdução da praga”, reforçando a defesa agrícola do estado.
Vinícios Videira, diretor de Sanidade Vegetal da Adab, destaca que a iniciativa “atualiza profissionais para decisões assertivas, intensifica a vigilância e garante medidas rápidas de contenção em caso de detecção”. Durante o treinamento, a equipe realizou cinco exercícios simulados, que incluíram a identificação de sintomas e a execução de procedimentos de biossegurança.
Parcerias fortalecem a defesa fitossanitária
A ação é resultado da colaboração entre Adab, Seagri, MAPA e Embrapa. Juliana Alexandre, do MAPA, ressalta que o curso “ampliou o conhecimento técnico sobre a R4T e reforçou a rede de proteção fitossanitária no Brasil”.
A Fusariose R4T ainda não tem cura e pode dizimar plantações inteiras, por isso a prevenção e o monitoramento contínuo são essenciais. A Bahia, como um dos principais produtores de banana do país, mantém estratégias rigorosas para evitar a entrada da praga e proteger a economia local.
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