A Mercur, empresa brasileira com mais de um século de história, aposta para o mercado de materiais escolares com a Borracha Nativa da Amazônia – um produto que combina responsabilidade socioambiental, tecnologia e valorização da cultura tradicional. Desenvolvida em parceria com a rede Origens Brasil®, a borracha é composta por 78% de matérias-primas renováveis, tem cor natural e textura suave, além de um QR Code que conecta o consumidor às comunidades extrativistas da floresta.
O projeto Borracha Nativa nasceu em 2010, quando a Mercur decidiu resgatar a cadeia produtiva do látex amazônico, historicamente marginalizada pela concorrência de seringais de cultivo na Ásia. A iniciativa envolve seringueiros de Reservas Extrativistas e Terras Indígenas no Pará e Rondônia, como a Reserva Rio Xingu e a Terra Indígena Xipaya, garantindo que o látex seja extraído de forma sustentável, sem danos às seringueiras nativas.
A parceria com a Origens Brasil® (rede administrada pelo Imaflora e ISA) assegura relações comerciais éticas, pagando até quatro vezes mais pelo látex amazônico em comparação com o de cultivo. Esse modelo não só valoriza o trabalho dos povos tradicionais. Mas também financia melhorias em infraestrutura local e neutraliza emissões de CO₂ ao evitar o desmatamento.
Impacto social: renda e autonomia para as comunidades
Desde 2010, a Mercur adquiriu 63 toneladas de borracha natural das comunidades, gerando mais de R$ 165 mil em renda local apenas em 2023. A expectativa é atingir 30 toneladas anuais até 2026, ampliando o apoio a oito territórios, incluindo áreas indígenas como Uru-Eu-Wau-Wau (RO).
Para Jorge Hoelzel Neto, Facilitador de Direção da Mercur, o projeto “resgata um passivo histórico com os extrativistas e transforma-os em guardiões da floresta”. Em 2024, a empresa já investiu R$ 140 mil em serviços socioambientais, com planos de ampliar os recursos.
A borracha traz um QR Code no verso, que direciona os consumidores ao site da Origens Brasil®. Lá, é possível conhecer a trajetória do produto, desde a extração do látex até as histórias das famílias envolvidas. “Corrigir com consciência para preservar o futuro” não é apenas um slogan, mas um compromisso com rastreabilidade e educação ambiental.
Preservação da Amazônia em números
Cada quilo de borracha nativa produzido preserva 1 hectare de floresta – equivalente a um campo de futebol. Isso porque os seringueiros, ao manterem a atividade extrativista, protegem a área de invasões e desmatamento. Estima-se que 300 kg de borracha/ano conservem 300 hectares, um impacto direto na mitigação das mudanças climáticas.
Apesar dos avanços, a produção ainda enfrenta gargalos como a escala limitada e a logística complexa na Amazônia. Para superá-los, a Mercur planeja expandir parcerias com instituições como o WWF-Brasil e o Laboratório de Tecnologia Química da UnB. Eles desenvolvem técnicas para melhorar a qualidade do látex e incluir mulheres no processo produtivo.
A Borracha Nativa da Amazônia simboliza um novo ciclo econômico, onde floresta em pé vale mais que derrubada. Ao escolher produtos como esse, consumidores contribuem para uma cadeia que une preservação ambiental, justiça social e inovação. Como afirma a hashtag da campanha: #AmazôniaViva é um convite para que todos façam parte dessa transformaçã.
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