Recentemente, a presença de ‘capivaras verdes’ no Lago de Salto Grande, na província de Entre Ríos, Argentina, chamou a atenção de moradores e turistas. Este fenômeno é atribuído às floraciones de cianobacterias nas águas do Rio Uruguai e seus afluentes.
A Comissão Administradora do Rio Uruguai (CARU) já havia alertado sobre a presença dessas cianobacterias, que se proliferam especialmente durante o verão devido às altas temperaturas.
“Esse fenômeno, conhecido como ‘algas verdes-azuis’, costuma ocorrer durante o verão devido às altas temperaturas e pode ser observado em diferentes corpos d’água”, explicou a CARU em comunicado.
“A proliferação de cianobactérias pode afetar as praias por horas ou dias, trazendo possíveis impactos à saúde. A melhor medida de prevenção é observar atentamente a água e a areia”, acrescentou a comissão.
A CARU informou que a proliferação dessas algas pode afetar as praias por horas ou dias. A recomendação é que a população observe atentamente a coloração da água e da areia. Ou seja, se a água apresentar uma coloração verdosa ou aspecto turvo, é aconselhável evitar o contato direto.
Imagens impactantes
Imagens impactantes de capivaras verdes cobertas por uma camada de algas começaram a circular nas redes sociais, gerando preocupação. O fotógrafo Juan Menoni compartilhou fotos em sua conta no Instagram. Ele destacou não apenas a coloração dos animais, mas também o forte odor associado à presença das cianobacterias.
“A floração de algas é alarmante”, escreveu o fotógrafo em um post no Instagram.
“Entendo que esse fenômeno pode ser agravado pela baixa contínua do rio, pela falta de chuvas e pela onda de calor que estamos enfrentando, mas também é verdade que visito esse local desde criança e nunca vi algo assim”, relatou.
“Além das algas verdes-azuis visível nas fotos, há um cheiro insuportável. Está claro que não são algas inofensivas, mas sim cianobactérias, altamente perigosas para humanos e outros seres vivos. É gravíssimo que, mesmo assim, as praias do lago estejam abertas, com boias e salva-vidas”, alertou.
As autoridades, portanto, ainda não proibiram o acesso às praias afetadas, mesmo com a presença de pessoas, incluindo crianças, nadando nas águas contaminadas. Além disso, a situação é alarmante e levanta questões sobre a segurança das áreas balneáveis.
A CARU e especialistas alertam que as cianobacterias podem causar uma variedade de problemas de saúde, incluindo infecções gastrointestinais e respiratórias, além de reações alérgicas na pele.
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