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    Exportação brasileira de café cai 28% em abril, mas segue recorde na safra 2024/25

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte12/05/2025
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    As exportações brasileiras de café apresentaram queda de 27,7% em abril deste ano na comparação com o quarto mês de 2024, recuando para 3,093 milhões de sacas de 60 kg. A receita cambial, contudo, saltou 41,8% no mesmo intervalo comparativo, de US$ 946 milhões para US$ 1,341 bilhão. Os dados constam no relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

    No acumulado dos 10 meses do ano safra 2024/25, apesar das quedas registradas nos meses recentes de entressafra no Brasil, os embarques ainda apresentam desempenho recorde ao totalizarem 39,994 milhões de sacas e gerarem US$ 12,443 bilhões, montantes que implicam crescimentos de 1,5% em volume e 56,3% em receita ante as performances aferidas entre julho de 2023 e abril do ano passado.

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    De janeiro ao fim de abril deste ano, as exportações de café somaram 13,816 milhões de sacas. Isso representa declínio de 15,5% em relação ao volume remetido nos quatro primeiros meses de 2024. Por outro lado, a receita cambial disparou 51% no período, chegando a US$ 5,235 bilhões, o maior valor para esse intervalo de quatro meses na história.

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    Entressafra

    Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a queda em volume é compreensível nesse período de entressafra. Principalmente após o Brasil ter exportado montante recorde em 2024.

    “Até a entrada da safra de arábica, esperamos queda nas exportações nos próximos dois meses. Como viemos de embarques históricos no ano passado, é natural que 2025 apresente menores volumes, mas ainda mantendo receita cambial significativa como reflexo dos preços no mercado internacional. Tanto que os valores médios e a receita apurados de janeiro a abril são significativamente maiores no comparativo anual, inclusive quebrando recordes”, comenta.

    Ele lembra que, para este ano, há a possibilidade de o Brasil colher a maior safra na história de cafés canéforas (conilon + robusta). E uma produção melhor no Vietnã e Indonésia, os três principais produtores dessa variedade. “No momento, o conilon brasileiro ainda não é tão competitivo contra essas duas origens, o que favorece a indústria nacional no que se refere a preços”, explica.

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    Café arábica

    Já para o café arábica, cuja colheita se aproxima, Ferreira informa que as condições climáticas, anteriormente não favoráveis, com estiagem e altas temperaturas no Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mogiana, apresentaram sensível melhora nos últimos meses, o que leva o mercado, no geral, a revisar suas estimativas para cima.

    “Seguiremos com um ano apertado, porém com uma safra não tão distante da anterior. Com o advento da alta dos preços verificada no mercado desde o ano passado e, agora, em função da possibilidade de safra recorde no conilon, espera-se um arrefecimento nos preços desta variedade. Isso já vem ocorrendo e pode ser determinante para estancar a alta de preços ao consumidor. Uma vez que já se observa aumento substancial dos canéforas nos blends das principais indústrias na comparação com o ano passado”, revela.

    O presidente do Cecafé completa que, a permanecerem as condições climáticas adequadas após a colheita, durante os períodos de florada, fixação dos chumbinhos e posterior crescimento dos grãos, o parque cafeeiro do Brasil tem um potencial para uma safra significativa, tanto de arábica, quanto dos canéforas em 2026.

    “É importante estar atento a esses fatores. Pois, ainda que tenhamos uma produção apertada para atender o consumo em nível mundial, os agentes financeiros (fundos de investimentos) podem limitar novas compras. Ou até mesmo reduzir substancialmente as posições compradas atuais, puxando preços para baixo”, projeta.

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    Ferreira explica que, ainda assim, de forma geral, as cotações devem seguir favoráveis e remuneradoras aos produtores. “O Brasil caminha para um aumento de produção a partir de 2026, o que seria muito saudável para todos os elos da cadeia. Permitindo que o país mantenha ou amplie market share a preços mais justos a todos os players. E, consequentemente, mais competitivos para a indústria brasileira, salvo em caso de algum acidente climático”, conclui.

    Tipos de café

    O café arábica foi o mais exportado nos quatro primeiros meses de 2025, com as remessas ao exterior somando 11,709 milhões de sacas. O segmento do café solúvel aparece na sequência, com embarques equivalentes a 1,282 milhão de sacas. Seguido pela espécie canéfora (conilon + robusta), com 807.165 sacas, e pelo setor industrial de café torrado e torrado e moído, com 18.386 sacas.

    Os Estados Unidos foram os principais parceiros comerciais dos cafés do Brasil entre janeiro e o fim de abril deste ano, com a aquisição de 2,373 milhões de sacas, o que implicou queda de 11,2% em relação ao mesmo período de 2024. A Alemanha ocupou o segundo lugar no ranking, com a importação de 1,785 milhão de sacas, ou 24,4% a menos do que no primeiro quadrimestre do ano passado.

    A Itália aparece na sequência, registrando a compra de 1,146 milhão de sacas, com declínio de 13% no intervalo. Ela é  seguida por Japão, que apresentou crescimento de 6,1% no período ao adquirir 865.929 sacas. E pela Bélgica, que importou 618.305 sacas, aferindo queda de 63,1%.

    Fechando o top 10, apareceram Turquia, com 599.671 sacas (+26,2%); Holanda (Países Baixos), com 504.703 sacas (-5,4%); Espanha, com 453.558 sacas (+3,9%); Rússia, com 448.778 sacas (+62,9%); e China, com 386.132 sacas (+2,1%).

    Portos

    O Porto de Santos (SP) permaneceu como o principal exportador dos cafés do Brasil no primeiro quadrimestre, com o embarque de 11,044 milhões de sacas e representatividade de 79,9% no total. Na sequência, vieram o complexo portuário do Rio de Janeiro, que respondeu por 16% ao enviar 2,205 milhões de sacas para fora do país. E o Porto de Paranaguá (PR), que exportou 134.008 sacas e teve representatividade de 1%.

    Os cafés que possuem certificados de práticas sustentáveis ou qualidade superior responderam por 23,6% das exportações totais brasileiras no primeiro quadrimestre de 2025, com a remessa de 3,259 milhões de sacas ao exterior. Esse volume é 6,7% superior ao registrado no acumulado de janeiro a abril do ano passado.

    A um preço médio de US$ 433,73 por saca, a receita cambial com os embarques dos cafés diferenciados foi de US$ 1,413 bilhão, o que correspondeu a 27% do total obtido com os embarques de café nos quatro primeiros meses do ano. No comparativo anual, o valor é 98% maior do que o registrado no primeiro quadrimestre de 2024.

    Os EUA lideraram o ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados, com a compra de 633.550 sacas. Isso é o equivalente a 19,4% do total desse tipo de produto remetido ao exterior pelo Brasil. Fechando o top 5, apareceram Alemanha, com 447.563 sacas e representatividade de 13,7%; Bélgica, com 293.180 sacas (9%); Itália, com 236.695 sacas (7,3%); e Holanda (Países Baixos), com 226.216 sacas (6,9%).

    O relatório completo das exportações dos cafés do Brasil, com a atualização referente a abril de 2025, está disponível no site do Cecafé: https://www.cecafe.com.br/.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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