Pela primeira vez na história do renomado ranking da revista Drinks International, uma maison de Champagne mantém o título de “Marca Mais Admirada” por seis anos consecutivos: a Louis Roederer, fundada em 1776, consolidou seu legado como ícone de excelência e inovação no mundo dos vinhos espumantes. Um júri internacional, formado por mais de 200 especialistas — entre sommeliers, jornalistas e Masters of Wine — anunciou a decisão nesta semana.
A distinção reconhece não apenas a qualidade dos champanhes da Louis Roederer – como o icônico Cristal –, mas também seu compromisso com a viticultura sustentável. Atualmente, a maison administra 250 hectares de vinhedos em Champagne, dos quais 135 hectares são certificados como orgânicos (selo AB na França). “Preservamos a alma da nossa casa enquanto exploramos novas fronteiras do sabor”, afirmou Frédéric Rouzaud, CEO da Louis Roederer, ao receber o prêmio.
Segundo Giles Fallowfield, jornalista que supervisiona a premiação, “manter-se no topo por seis anos exige investimento contínuo, inovação e uma obsessão por qualidade. A Louis Roederer redefine o que é excelência em Champagne”.
Legado de inovação: do século XIX ao cristal
A história da Louis Roederer é marcada por pioneirismo. Em 1841, a casa foi uma das primeiras a adquirir seus próprios vinhedos nos melhores terroirs de Champagne, incluindo Grands Crus e Premiers Crus da Montagne de Reims e Côte des Blancs. Hoje, sob a liderança do enólogo Jean-Baptiste Lécaillon, a equipe combina tradição com técnicas modernas, como fermentações espontâneas e vinhas biodinâmicas.
“Criamos vinhos que são emoção pura, fruto de um diálogo constante entre o homem e a terra”, destacou Rouzaud. A linha Collection, multi-vintage, e o Cristal (desenvolvido em 1876 para o tsar Alexandre II da Rússia) são exemplos dessa filosofia.
Sustentabilidade e Futuro
Além da certificação orgânica, a Louis Roederer investe em práticas como:
- Redução do uso de agroquímicos;
- Preservação da biodiversidade nos vinhedos;
- Técnicas de vinificação naturais para expressar a pureza do terroir.
“Não buscamos apenas fazer grandes champanhes, mas fazê-los de forma responsável”, reforçou Lécaillon.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Brasil receberá reconhecimento como livre de aftosa em maio
+ Agro em Campo: Ferrugem do cafeeiro: desafio econômico para a lavoura