As fortes chuvas dos últimos dias causaram prejuízos às lavouras de arroz no Rio Grande do Sul.
Segundo a Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Estado), o acamamento preocupa os produtores rurais.
Esse fenômeno ocorre quando as plantas tombam devido ao vento ou ao excesso de umidade.
Atualmente, mais da metade da área plantada no estado já foi colhida.
Mesmo assim, os danos causados pelo clima devem comprometer o resultado final da safra.
De acordo com o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, a produtividade pode cair nas últimas etapas da colheita. “As chuvas da semana passada agravaram o acamamento em diversas regiões produtoras”, explicou.
Segundo ele, os agricultores estão preocupados com a perda de rendimento nas lavouras.
Relatórios recebidos pela entidade apontam problemas em diferentes municípios orizícolas.
Além disso, o frio intenso dos últimos dias aumentou os prejuízos no campo. A combinação de umidade e baixas temperaturas deve alterar os números finais da produção.
Demanda internacional reacende exportações de arroz brasileiro
Apesar do cenário climático adverso, a exportação de arroz brasileiro ganhou força em 2025.
No primeiro trimestre, o país atendeu a uma demanda crescente da América Central.
Os principais destinos do arroz em casca foram Senegal, México, Gâmbia, Nicarágua e Venezuela.
Já entre abril e junho, a Costa Rica deve importar mais de 200 mil toneladas.
Diante desse cenário, a Federarroz orienta os produtores a ficarem atentos ao mercado externo.
Segundo Alexandre Velho, a procura internacional valoriza o setor e abre novas oportunidades.
“Essa demanda traz efeitos positivos também para o próximo ano agrícola”, afirmou o presidente.
Em março, o Brasil fechou um importante negócio com o México: 30 mil toneladas de arroz.
O valor foi de R$ 82,00 por saca de 50 quilos no Porto de Rio Grande.
A operação indicou uma tendência positiva para o mercado, que enfrentou oscilações recentes.
Atualmente, o Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 70% da produção nacional. Além disso, o estado também possui estrutura logística consolidada para atender à exportação. O Porto de Rio Grande segue como principal saída do arroz gaúcho para o mundo.
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