O bacuri (Platonia insignis) é uma das joias da biodiversidade brasileira, uma fruta que encanta pelo sabor único e pelos inúmeros benefícios à saúde. Nativa da região amazônica, especialmente do Pará, Maranhão e Piauí, essa fruta de polpa cremosa e sabor agridoce vai muito além da culinária – é um símbolo cultural, um aliado da medicina tradicional e um recurso econômico vital para comunidades locais.
O bacuri é um superalimento rico em nutrientes essenciais, como:
- Vitaminas (A, B1, B2, B3 e C) – fortalecem o sistema imunológico e a saúde da pele.
- Minerais (potássio, fósforo, cálcio e ferro) – ajudam no controle da pressão arterial e na saúde óssea.
- Fibras – melhoram a digestão, combatem a prisão de ventre e promovem saciedade.
- Antioxidantes (flavonoides, betacaroteno e vitamina C) – combatem radicais livres, retardam o envelhecimento e previnem doenças crônicas.
Além disso, o óleo de bacuri, extraído de suas sementes, é amplamente utilizado na indústria cosmética por suas propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e hidratantes, sendo um ingrediente-chave em cremes, shampoos e sabonetes.
A árvore que “nasce até dentro de casa”
A árvore do bacuri, conhecida como bacurizeiro, é uma gigante da Amazônia, podendo atingir até 25 metros de altura e viver mais de 100 anos. Algumas curiosidades fascinantes sobre ela incluem:
- Nome indígena: a palavra “bacuri” vem do tupi e significa “cai logo”, referindo-se ao fato de o fruto se desprender da árvore quando maduro.
- Reprodução peculiar: o bacurizeiro se reproduz tanto por sementes quanto por brotamentos das raízes, o que faz com que surjam novas árvores até mesmo perto de residências – daí o ditado popular: “O bacurizeiro nasce até dentro de casa”.
- Safra sazonal: os frutos amadurecem entre janeiro e junho, sendo colhidos principalmente no Norte do Brasil.
O bacuri na vida das comunidades amazônicas
Para os povos tradicionais da Amazônia, o bacuri vai muito além de uma simples fruta – é fonte de renda, alimento e medicina.
Economia local: a coleta e venda do bacuri sustentam famílias inteiras, especialmente em feiras livres do Pará e Maranhão.

Empoderamento feminino: muitas cooperativas de mulheres trabalham no processamento artesanal da fruta, produzindo doces, geleias e cosméticos, fortalecendo a economia regional.
Uso medicinal: na medicina tradicional, o bacuri é usado para tratar dores de ouvido, inflamações na pele e até picadas de cobras e aranhas.
Como consumir bacuri?
A versatilidade do bacuri na culinária é impressionante. Confira algumas formas de incluí-lo na dieta:
In natura: a polpa cremosa pode ser consumida diretamente da fruta.
Sucos e smoothies: bata a polpa com água ou leite para uma bebida refrescante.
Sobremesas: sorvetes, mousses, bolos e geleias são preparações tradicionais.
Pratos salgados: molhos à base de bacuri combinam bem com peixes e carnes.
Um futuro verde
A produção sustentável do bacuri é essencial para a preservação da Amazônia. Empresas como a MAHTA e a feito brasil investem em sistemas agroflorestais que respeitam o ciclo natural da floresta, garantindo renda para comunidades locais e protegendo o meio ambiente.

O bacuri é muito mais que uma fruta – é um símbolo da riqueza amazônica, um aliado da saúde e um motor econômico para comunidades tradicionais.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Ring Neck: ave encanta ao tentar tocar “Pintinho Amarelinho” no celular
+ Agro em Campo: CJ Selecta anuncia investimento de R$ 180 milhões em Minas Gerais