Numa economia que vive do suor da terra, as cooperativas agropecuárias continuam mostrando fôlego. Só em 2023, o ramo movimentou impressionantes R$ 423,1 bilhões, segundo o recém‑lançado Anuário do Cooperativismo Brasileiro. É essa força que dará o tom do Congresso Conecta Agro (CCAgro), de 2 a 4 de julho, no Expo Dom Pedro, em Campinas (SP).
A organização montou a “Casa do Cooperativismo”, espaço que promete virar vitrine de experiências bem‑sucedidas, fechar negócios e discutir os caminhos do setor. A ideia é simples: colocar, sob o mesmo teto, cinco encontros já famosos no calendário rural — ENCA, Top Farmers, Encontro de Gestão dos Cafeicultores — e dois novatos, MegaPec e Top Farmers Cana.
A previsão é de mais de 4 mil participantes circulando entre duas plenárias simultâneas, estandes e rodadas de networking que não param.
Para Luciana Martins, diretora executiva do Grupo Conecta e voz à frente do evento, o cooperativismo “é uma engrenagem sólida da economia brasileira”. Segundo ela, garantir renda, segurança alimentar e energética exige respostas rápidas às mudanças climáticas e às oscilações de mercado: “No CCAgro, queremos reforçar o papel das cooperativas como protagonistas na busca por soluções integradas e eficientes diante dos desafios climáticos, de mercado e produção. É um espaço para discutir o futuro com quem já está construindo esse presente todos os dias em todas as regiões produtoras do Brasil”

Força das cooperativas
Os números dão respaldo. O Brasil soma 1.179 cooperativas agropecuárias, passando de 1 milhão de associados e empregando 257 mil pessoas. Mesmo com a leve queda de 1,6 % na receita, puxada pela acomodação dos preços de commodities e insumos, o fôlego segue grande.
Quem passar por Campinas vai encontrar também um palco plural. Entre os nomes confirmados, o comentarista Caio Coppola, o psiquiatra Augusto Cury, o especialista em inovação Walter Longo, o presidente da Câmara de Comércio Brasil‑China, Charles Tang, e o escritor Fábio Ruiz. Política, economia, saúde mental e oportunidades globais entram na pauta — tempero extra para quem precisa decidir rápido no agronegócio que não dorme.
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