O agronegócio brasileiro empregou 28,5 milhões de pessoas entre janeiro e março de 2025. O número representa um crescimento de 0,6% em comparação com o mesmo período de 2024, ou cerca de 171 mil novos postos de trabalho.
O dado foi divulgado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Segundo os pesquisadores, esse é o maior número já registrado na série histórica, iniciada em 2012.
Ocupações do setor no país
Com o avanço, o agronegócio passou a representar 26,23% de todas as ocupações do país no primeiro trimestre de 2025.
Os seguimentos de insumos, agroindústria e agrosserviços puxaram a alta na ocupação. O setor de insumos cresceu 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que equivale a mais 30,2 mil pessoas empregadas. Em geral, esse aumento está diretamente ligado à indústria de rações, que teve forte desempenho no início de 2025.
Na agroindústria, o número de trabalhadores subiu 4,8%, ou 222,9 mil pessoas. As indústrias de vestuário e acessórios, etanol, moagem e produtos amiláceos, além do abate de animais, impulsionaram o crescimento.
Já os agrosserviços ampliaram o número de ocupados em 2,4%, ou 252,3 mil pessoas. Esse segmento conecta a produção do campo e da agroindústria ao consumidor final, refletindo o desempenho geral do agronegócio.
Perfil dos trabalhadores
Além do aumento no número de empregos, o setor apresentou mudanças no perfil dos trabalhadores. O levantamento mostra que cresceu a formalização, com mais empregadores e empregados com carteira assinada. Também houve avanço na escolaridade e maior participação das mulheres.
Outro destaque do primeiro trimestre foi a melhora nos rendimentos. Em média, os empregados do agronegócio tiveram alta de 2,2% na remuneração. Os empregadores viram os ganhos subirem 2,9%, enquanto os autônomos registraram avanço de 9,1%.
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