O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao último trimestre de 2024, segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal responsável por esse avanço foi o agronegócio, que registrou um expressivo crescimento de 12,2% no período, consolidando-se como o grande destaque da economia brasileira no início do ano.
O desempenho da agropecuária foi impulsionado por fatores conjunturais e estruturais. Tradicionalmente, o setor tem maior peso no PIB do primeiro trimestre devido à colheita da soja, principal produto agrícola do país, que ocorre entre janeiro e maio. Em 2025, a safra de grãos deve alcançar um volume recorde, com estimativa de produção de 322,53 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representando um aumento de 8,2% em relação ao ciclo anterior. A soja, em especial, deve apresentar crescimento de 13,3% na produção anual, acompanhada por milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), conforme levantamento do IBGE.
Além disso, condições climáticas favoráveis e a recuperação após uma base de comparação baixa — já que o setor havia registrado queda no final de 2024 — também contribuíram para o resultado expressivo. Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, “o setor agropecuário costuma pesar no PIB no começo do ano por causa da soja, que é o principal produto da agricultura brasileira e tem colheita entre janeiro e maio”.
Políticas de apoio ao setor
O bom desempenho do agronegócio em 2025 também está relacionado ao fortalecimento das políticas de apoio ao setor, especialmente por meio do Plano Safra 2024/2025. O governo federal destinou R$ 400,59 bilhões em financiamentos para a agricultura empresarial, um aumento de 10% em relação ao ciclo anterior, além de outros R$ 108 bilhões em recursos complementares, totalizando mais de R$ 508 bilhões para o desenvolvimento do setor. Esses recursos foram fundamentais para garantir crédito, investimentos em tecnologia, custeio e comercialização, além de incentivar práticas produtivas mais sustentáveis.
O Plano Safra também trouxe incentivos para a adoção de sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, premiando produtores que adotam boas práticas e ampliando os programas de financiamento para modernização e inovação no campo. Essas medidas contribuíram para a expansão da área plantada, o aumento da produtividade e a consolidação da safra recorde, fatores que se refletem diretamente no crescimento do PIB agropecuário.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou os resultados. “Mais uma boa noticia. O IBGE acaba de divulgar o resultado do PIB, com uma alta de 1.4%. É o maior período de crescimento econômico sustentável nos últimos 10 anos. Isso não é surpresa pra todos os membros do governo lula. Talvez decepcione alguns economistas, que não acreditam no resultado da política econômica do nosso governo. O agro foi o grande responsável por esse crescimento. 12,2% de crescimento em relação ao ultimo período de 2024. E um crescimento de 10,2% comparado com o primeiro trimestre do ano passado. É à força da economia brasileiro também puxado pelo agro. Fruto de um belíssimo trabalho de investimento no plano safra Recorde anunciado aos produtores. Numa ampliação das oportunidades comerciais, quase 440 novos mercados abertos para os produtos da agropecuária, o que permite estabilidade de preço e garantia de comercialização e crescimento econômico e geração de emprego e renda. A economia ta indo bem, forte e pujante, talvez decepcionando alguns economistas, mas pro bem de todo brasileiro, o Brasil cresce firme e forte.”

O crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2025 foi fortemente impulsionado pelo agronegócio, especialmente devido à safra recorde de grãos e ao desempenho da soja. Esse resultado reflete tanto fatores conjunturais, como condições climáticas e recuperação do setor, quanto estruturais, como o aumento do crédito e dos investimentos proporcionados pelo Plano Safra. Assim, o agronegócio reafirma sua importância estratégica para a economia nacional e sua capacidade de liderar o crescimento econômico em momentos decisivos.
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