O Rio Grande do Sul finalizou nesta terça-feira (20/5) a vistoria em 100% das 540 propriedades rurais localizadas no raio de dez quilômetros do foco de influenza aviária, conhecida como gripe aviária, confirmado no município de Montenegro. Além disso, o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) revisitou 19 propriedades dentro do raio de três quilômetros onde há presença de aves. Isso conforme determina o Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária.
Em quatro dias, as equipes percorreram as propriedades em um trecho de dez quilômetros, superando as expectativas iniciais. A diretora do DDA, Rosane Collares, informou que a partir deste sábado, que marca sete dias da primeira visita, todas as propriedades no raio de dez quilômetros passarão por uma nova revisita.
Sete barreiras sanitárias funcionam 24 horas por dia na região, desinfectando veículos para evitar a disseminação da doença. Duas barreiras operam na BR-386 (no pedágio e na balança). Outras duas estão nas rodovias RS-124 e TF-10 (sentido Triunfo), e três em estradas vicinais, sendo uma delas de bloqueio. Até o momento, mais de 1.200 veículos passaram pela desinfecção.
Além da vigilância ativa e barreiras sanitárias, os servidores promovem atividades de educação sanitária. Isso inclui orientações em escolas e visitas a agropecuárias no entorno do foco.
Durante as ações, coletaram amostras de uma ave de subsistência em Montenegro, enviadas ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP), aguardando resultado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Sobre a gripe aviária
A influenza aviária é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas pode infectar mamíferos, inclusive humanos. A transmissão ocorre pelo contato direto com aves doentes ou por meio de água e materiais contaminados. O Serviço Veterinário Oficial do RS reforça que o consumo de carne e ovos de aves é seguro. Pois a doença não se transmite pelo consumo desses alimentos.
Os sinais suspeitos da doença incluem sintomas respiratórios, neurológicos ou mortalidade súbita e elevada em aves. Qualquer suspeita deve ser comunicada imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária. Pode ser usado o sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Conheça o capim que deu origem ao nome de duas cidades brasileiras
+ Agro em Campo: Cacau sobe 6,89% em abril com efeito sazonal da Páscoa