Nesta semana, estudantes do ensino médio do Distrito Federal e Entorno participaram de visitas educativas à Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF), para aprender sobre o bioma Cerrado e a importância da ciência na agricultura brasileira. As atividades ocorreram nos dias 3 e 4 de junho, com alunos do Colégio Estadual Divina Olímpio Miranda, da Cidade Ocidental (GO), e do Instituto Educacional Santo Elias, de Sobradinho (DF).
Durante a visita, os estudantes tiveram contato direto com as características do Cerrado, incluindo sua vegetação, sementes, frutos e técnicas de restauração ambiental. Também conheceram ações voltadas à qualidade da água para consumo humano e irrigação agrícola. Na quarta-feira (4), os alunos visitaram laboratórios da unidade, onde foram apresentados a pesquisas sobre química da água, ecotoxicologia, análise de solos e microbiologia.
O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, destacou o papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento da agricultura brasileira. “É possível produzir com responsabilidade e preservar o meio ambiente”, afirmou, ressaltando a transformação do Brasil de importador para um dos maiores exportadores mundiais de alimentos.
Atividades
As atividades começaram no auditório com vídeos explicativos sobre o Cerrado e o trabalho da Embrapa. O pesquisador Felipe Ribeiro conduziu a introdução e contextualização dos temas. Na área externa, os estudantes participaram de estações temáticas, onde a técnica Daphne Muniz demonstrou o uso de equipamentos para análise da qualidade da água, alertando que a aparência limpa nem sempre indica água própria para consumo.
Na estação sobre a vegetação do Cerrado, pesquisadores Fabiana Aquino, Marina Vilela e Araci Alonso apresentaram plantas e frutos típicos, permitindo que os alunos manuseassem sementes e conhecessem a diversidade do bioma. Nos laboratórios, a supervisora Aline Rabello e os técnicos Francisco Delvico e Clodoaldo de Souza explicaram os processos científicos realizados, despertando grande interesse dos estudantes.
Gabriel Calaça, participante da visita, elogiou a experiência: “Gostei muito dos laboratórios, especialmente da parte sobre bactérias que fixam nitrogênio. Achei isso fantástico.” Mariana Marques destacou a didática dos profissionais na apresentação das plantas e frutos do Cerrado. Já João Antônio Gomes resumiu o sentimento do grupo: “Faz muita diferença ver nos livros e estar aqui, podendo tocar e vivenciar.”
Para o professor de História Carloman Porto, que acompanhou os alunos, a visita vai além do conteúdo curricular. “Os jovens compreendem melhor quando estão no local. Além disso, é uma oportunidade de conhecerem diferentes áreas de atuação profissional e, quem sabe, se inspirarem para o futuro”, avaliou. A atividade integrou um projeto escolar voltado para o meio ambiente.
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