Localizada em Carambeí, Paraná, a Fazenda Melkland, referência em automação no setor leiteiro da América Latina, anuncia a construção de uma nova unidade de produção que contará com oito robôs de ordenha Astronaut, além dos sistemas Juno e Collector para manejo alimentar e limpeza automatizada.
Atualmente, a propriedade possui 1.800 vacas da raça holandesa, com 800 em lactação, e desde outubro de 2022 vem investindo em tecnologias avançadas para aumentar a eficiência, o bem-estar animal e a sustentabilidade da produção. A nova estrutura permitirá acomodar mais 480 vacas em lactação, elevando o total para cerca de 1.200 animais ordenhados.
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Para Lorena Delezuk, economista e sócia-proprietária da Melkland, a automação é fundamental para garantir a sustentabilidade e atrair a nova geração ao campo. Especialmente diante da escassez de mão de obra na região, dominada por indústrias. “A tecnologia facilita a gestão, melhora o bem-estar animal e torna a rotina dos funcionários mais eficiente e menos desgastante, o que é essencial para manter jovens motivados na atividade”, afirma.
Início da experiência com robôs
A experiência prática da fazenda começou com a instalação de dois robôs Lely em 2022, que atenderam 120 vacas, enquanto 600 continuaram na ordenha convencional. O sucesso dessa fase levou à decisão de manter esses robôs na sede e adquirir oito novos para a expansão. Desde a adoção da ordenha automatizada, a produção média por vaca aumentou em cerca de sete litros diários. O resultado é atribuído ao manejo cuidadoso, nutrição adequada e maior conforto proporcionado pela automação. Que permite às vacas decidir quando ordenhar, se alimentar e descansar.
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Além dos robôs de ordenha, a Melkland utiliza o robô Juno, que mantém o alimento sempre próximo às vacas, incentivando a alimentação frequente por meio de um apito sonoro. E o robô Collector, pioneiro no Brasil, que limpa automaticamente os corredores, contribuindo para a higiene e saúde dos animais.
A nova unidade está prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2025. “Continuaremos investindo em automação para facilitar o trabalho e motivar as novas gerações. A tecnologia é um pilar essencial para a evolução da pecuária leiteira”, conclui Lorena Delezuk.
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