O Governo de São Paulo anunciou uma linha de crédito emergencial de R$ 2,5 milhões destinada a pescadores e piscicultores prejudicados pela mortandade de peixes no Rio Tietê e seus afluentes. A medida, que entra em vigor na próxima segunda-feira (14), busca apoiar famílias que dependem da pesca como principal fonte de renda.
O recurso será disponibilizado pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) com condições facilitadas. Juros zero e limites de até R$ 5 mil para pescadores artesanais e até R$ 20 mil para piscicultores. Interessados poderão solicitar o crédito nas unidades da Casa da Agricultura dos municípios afetados. Os endereços estão disponíveis no site da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).
Investigação e monitoramento ambiental
Desde o início do problema, equipes da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) intensificaram o monitoramento das causas da mortandade. Que incluem alterações na qualidade da água e despejos irregulares de poluentes. Para reforçar as ações, o governo criou o Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFI-Tietê), que já percorreu 948,30 km do rio e fiscalizou mais de 86 mil hectares de áreas preservadas.
As operações resultaram em 135 Termos de Vistoria Ambiental (TVAs), 66 Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRAs), além da emissão de 19 Autos de Infração Ambiental (AIAs), totalizando R$ 73.198 em multas.
Combate a despejos irregulares
Para enfrentar os despejos ilegais no Rio Tietê, o governo anunciou um plano conjunto com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Polícia Ambiental. Operações recentes identificaram fontes poluidoras em municípios como Zacarias, no interior paulista.
A Cetesb lançou uma sonda para monitorar a qualidade da água a jusante da Barragem de Barra Bonita, parte de um investimento total de R$ 8,6 milhões em seis novas estações ao longo do ano. Duas delas serão instaladas na região do Baixo Tietê e quatro na bacia do Rio Piracicaba.
Entre as ações previstas estão a instalação de boias para isolar áreas navegáveis na Barragem de Barra Bonita. E iniciativas com produtores rurais para implementar práticas sustentáveis que reduzam o escoamento de resíduos para os rios.
Este conjunto de medidas reflete o compromisso do estado com a recuperação ambiental e o suporte às comunidades impactadas pela crise no Rio Tietê.
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