A Sementes Oeste Paulista (Soesp) encontrou nas histórias em quadrinhos uma forma criativa de aproximar as crianças do universo agropecuário, seguindo uma tendência que outros projetos educativos no Brasil também têm adotado. Com personagens como Nina, a menina da cidade, e Dudu, seu primo do campo, a empresa busca despertar a curiosidade infantil sobre a origem dos alimentos e a realidade moderna do agronegócio. Andrea Franco, Coordenadora de Marketing da Soesp, destaca: “Acreditamos que essas histórias podem gerar curiosidades nas crianças e boas conversas com os pais. Dudu e Nina têm muito a aprender um com o outro.”
A iniciativa não está sozinha nessa jornada. O Projeto Defensores Mirins, da Agrodefesa de Goiás, por exemplo, usa personagens como Nai e Aly — inspirados em figuras do agro — para ensinar sobre sanidade animal e vegetal em escolas. Da mesma forma, o geógrafo Evandro Alves criou o Cerrado em Quadrinhos, mostrando que a linguagem gráfica pode simplificar temas complexos, como sustentabilidade e desmatamento.
Esses projetos reforçam o que a Soesp também percebeu: muitas crianças urbanas desconhecem a conexão entre o campo e sua vida cotidiana. Felipe Parron, Analista de Marketing da empresa, explica. “Através de projetos anteriores, percebemos que muitas crianças da cidade desconhecem a origem dos alimentos. E acreditam que o campo ainda vive sem tecnologia.”
Recepção
A primeira edição da HQ da Soesp, que abordou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), já foi distribuída em eventos e feiras, com uma tiragem de 12 mil exemplares. “As crianças estão adorando”, comenta a equipe, que agora prepara novas edições sobre água, bem-estar animal e até inteligência artificial no campo. Essa abordagem lembra iniciativas como o Água em Foco, do Comitê Rio Passo Fundo, que usou desenhos e quadrinhos feitos por crianças para discutir preservação hídrica.

O sucesso desses projetos mostra que as histórias em quadrinhos são mais do que entretenimento — são ferramentas poderosas para educação e conscientização. Como destacam Franco e Parron, “a ideia é comunicar de forma mais empolgante, educativa e acessível. Usando um formato que foi muito popular entre gerações passadas e que ainda pode ser encantador.” Seja na Soesp ou em outros programas, o objetivo é claro: fortalecer a ponte entre cidade e campo, mostrando que o agro é inovador, sustentável e essencial para o futuro.
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