A JBS inicia nesta segunda-feira, 9 de junho, a negociação de seus Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3. Com isso, a empresa marca um novo capítulo em sua estratégia de internacionalização. A mudança ocorre após a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 30 de maio. E faz parte do processo de dupla listagem da companhia, que também passará a negociar suas ações na Bolsa de Nova York (NYSE) a partir de 12 de junho.
Com a reestruturação, as ações ordinárias da JBS S.A. (JBSS3) deixam de ser negociadas na B3, sendo substituídas pelos BDRs da JBS N.V., que passam a ser negociados sob o código JBSS32. A relação de troca definida é de um BDR para cada duas ações ordinárias da JBS S.A., enquanto detentores de ADRs terão conversão na proporção de 1:1 para as novas Class A Shares da JBS N.V..
A listagem dupla foi aprovada em assembleia de acionistas realizada em 23 de maio, com o objetivo de alinhar a estrutura de capital da empresa ao seu perfil global e diversificado, além de ampliar o acesso a investidores internacionais. “Com a dupla listagem, buscamos uma estrutura corporativa que reflita melhor a nossa presença global e as nossas operações internacionais diversificadas. Além de facilitar a implementação da nossa estratégia de crescimento e agregação de valor”, afirmou Guilherme Cavalcanti, CFO global da JBS.
BDRs
Os BDRs da JBS N.V. conferem aos investidores direitos semelhantes aos das ações, incluindo o recebimento proporcional de dividendos distribuídos pela companhia. A reorganização também afeta contratos futuros, opções e derivativos relacionados às ações JBSS3, que agora refletem a nova estrutura baseada em BDRs.
A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com mais de 250 fábricas em 17 países. Ela atende a mais de 300 mil clientes e exportando para 180 países. Fundada no Brasil em 1953, a companhia emprega atualmente 280 mil pessoas globalmente, impulsionando seu crescimento por meio de investimentos estratégicos e expansão internacional.
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