Uma jiboia causou um susto aos moradores de uma casa na zona rural de Formiga, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, na manhã de sábado (08/03). O Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar a captura do animal, que estava no telhado da varanda e demonstrava comportamento agressivo.
A 4ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Formiga deslocou uma guarnição até a residência. Após avaliar a situação, os bombeiros utilizaram uma pinça de captura específica para répteis, garantindo a segurança do animal e dos moradores da casa. Após a captura, a jiboia foi conduzida a uma reserva ambiental, onde foi libertada em segurança, longe de áreas habitadas.
Ver essa foto no Instagram
O Corpo de Bombeiros aproveita para reforçar a importância de acionar profissionais especializados em situações envolvendo animais silvestres. A captura de animais selvagens exige técnicas adequadas para garantir a segurança de todos e o bem-estar do animal.
Uma serpente da fauna brasileira
A jiboia ( Boa constrictor) é uma serpente não peçonhenta da família Boidae, amplamente distribuída nas regiões tropicais da América Central e do Sul. No Brasil, é possível encontrá-la em diversos biomas, como a Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pantanal.
As jiboias possuem corpo cilíndrico e alongado, coberto por pequenas escamas irregulares. A coloração é variada, com padrões que vão do cinza claro ao marrom escuro, permitindo que se camuflem em diferentes ambientes. Algumas subespécies, como a Boa constrictor amarali, apresentam coloração predominantemente cinza ou marrom, enquanto outras, como a Boa constrictor constrictor, exibem uma gama maior de tonalidades.

As jiboias podem atingir até quatro metros de comprimento, embora a maioria dos indivíduos não ultrapasse os dois metros. As fêmeas tendem a ser maiores do que os machos. A cabeça, em formato triangular ou de seta, é bem destacada do corpo.
Com hábitos noturnos e semiarborícolas, as jiboias são encontradas tanto no solo quanto nas árvores. Para capturar suas presas, utilizam a técnica de “senta-espera”, permanecendo imóveis até que um animal se aproxime. A jiboia enrola seu corpo na presa, comprimindo-a até que os movimentos respiratórios cessem, causando a morte por asfixia. Ao contrário do que muitos pensam, a jiboia não quebra os ossos da presa.
Reprodução e expectativa de vida
As jiboias são vivíparas, ou seja, os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da mãe e nascem completamente formados. A gestação dura de 4 a 8 meses, resultando em uma ninhada de 12 a 50 filhotes. A expectativa de vida das jiboias é relativamente alta, podendo chegar a 25-30 anos.

Apesar de não serem consideradas ameaçadas de extinção, as jiboias são vítimas de caça e tráfico devido ao valor comercial de sua pele e carne, além da comercialização como animais de estimação. A destruição de seus habitats naturais também representa uma ameaça à espécie.
As jiboias são consideradas animais pacíficos, pois não são venenosas e raramente atacam seres humanos. No entanto, quando se sentem ameaçadas, podem contrair a cabeça e o pescoço, emitir um som agudo, eliminar fezes e morder. Em caso de encontro com uma jiboia, é importante manter a calma e acionar as autoridades competentes para realizar a captura e o manejo adequado do animal.
- Espécie: a jiboia (Boa constrictor) é uma serpente da família Boidae e do gênero Boa
- Onde habita: nas Américas Central e do Sul. No Brasil, pode ser vista na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado, na Caatinga e na Mata Atlântica
- Características físicas: possui a cabeça em formato triangular, tem o corpo longo e com cores que auxiliam sua camuflagem
- Alimentação: mamíferos, lagartos e aves
- Curiosidades: emite um som, popularmente conhecido como “o bafo da jiboia”, para espantar predadores. Para subjugar suas presas, usa a técnica da constrição
Leia mais:
+ Agro em Campo: Fiscalização aponta falhas no manejo do greening apesar da queda do inseto vetor
+ Agro em Campo: Mulheres lideram a transformação da gestão de águas nas bacias hidrográficas da Bahia